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Estado de Minas PAPAI NOEL

Pagamento do 13� aquece venda do com�rcio em BH

Com benef�cio natalino no bolso, consumidores foram �s compras de presentes para o Natal e de itens para a ceia de fim de ano. Estimativa � de que R$ 17,9 bi foram injetados em Minas


postado em 22/12/2019 04:00 / atualizado em 22/12/2019 09:32

No Centro da capital, movimento de pessoas nas lojas de rua foi maior ontem, com clientes em busca de produtos para presentear(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
No Centro da capital, movimento de pessoas nas lojas de rua foi maior ontem, com clientes em busca de produtos para presentear (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O pagamento da segunda parcela do 13º sal�rio aos trabalhadores que se enquadram no regime da Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT), realizado na sexta-feira pelos empregadores, acelerou as vendas do fim de ano. Em diferentes pontos de Belo Horizonte, ontem, o movimento no com�rcio foi mais intenso �s v�speras do Natal e do r�veillon. Na Regi�o Central da capital de Minas Gerais, v�rias lojas ficaram cheias e tiveram muito movimento. As compras variavam entre presentes de Natal e alimentos para as ceias. Nas lojas, p�de-se notar tamb�m a venda de roupas para a virada do ano.

A estimativa da Federa��o do Com�rcio de Minas Gerais (Fecom�rcio) � de que o pagamento da segunda parcela tenha injetado R$ 17,89 bilh�es na economia mineira com o pagamento integral do benef�cio. O valor corresponde a 2,99% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro. Al�m disso, o montante previsto � 1,67% superior � estimativa de 2018, quando o esperado para o 13º era de R$ 17,6 bilh�es. Com dinheiro no bolso, o belo-horizontino foi �s compras.

No Shopping Del Rey, na Regi�o Noroeste de BH, o movimento tamb�m foi maior ontem, seguindo a linha observada no Centro. Alguns clientes optaram at� por antecipar as compras de material escolar. Cl�ia Adriana, agente de sa�de, de 51 anos, detalhou o quanto impactou o 13º nas compras de fim de ano. “Ajudou muito. Peguei uma parte para ajudar o filho desempregado, e o restante foi para a compra do Papai Noel. E, olha, n�o sobrou nada. Melhora uns 50%, sem ele ficaria bem dif�cil”, disse, ao Estado de Minas. A agente de sa�de comprou brinquedos com o benef�cio natalino.

J� o professor Luiz Henrique, de 33, explicou que a quantia deu seguran�a para as compras de fim de ano. “Neste ano, a destina��o principal do 13º foi a quita��o das d�vidas, e isso d� seguran�a para essa �poca do ano. 90% foram mais para isso, mas entra tamb�m na conta a compra de ceia, itens para esse fim”, afirmou. O benef�cio do 13º sal�rio foi criado h� quase 60 anos, durante mandato do ent�o presidente J�nio Quadros. O atual governo espera que somente o pagamento do vencimento natalino movimente mais de R$ 214 bilh�es na economia do pa�s em 2019.

Pesquisas 


Pesquisa realizada no in�cio deste m�s pelo Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC) e pela Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o pa�s estima que 11,5 milh�es de pessoas v�o comprar os presentes apenas uma semana antes do Natal. O n�mero corresponde a 9% de consumidores que t�m a inten��o de presentear algu�m neste fim de ano.

Outro fator que tradicionalmente ajuda nas compras de fim de ano � a libera��o de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS). De acordo com levantamento da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), o �mpeto de compra para o Natal avan�ou para 65,5 pontos este ano sob o impulso da libera��o de saques, maior patamar desde 2014, quando come�ou a recess�o econ�mica. No Natal de 2018, o �mpeto de compra foi de 61,1 pontos.

A pesquisa mostra tamb�m que 18,2% dos entrevistados anteciparam as compras natalinas nas promo��es da Black Friday, no fim de novembro deste ano. H� dois anos, esse percentual alcan�ava 33% dos ouvidos. “O resultado mostra que h� uma melhora, mas ainda estamos abaixo da m�dia. � um bom progn�stico que foi motivado pela libera��o do FGTS, cujo efeito tende a ser passageiro. Os consumidores, principalmente de menor renda, ainda est�o com n�vel de endividamento mais alto e cautelosos com rela��o aos pr�ximos meses. Ainda � cedo para falar em melhora financeira para os consumidores em geral, mas h� sinais positivos”, afirmou Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV em nota.


''(O 13� sal�rio) Ajudou muito. Peguei uma parte para ajudar o filho desempregado, e o restante foi para a compra do Papai Noel. E, olha, n�o sobrou nada. Melhora uns 50%, sem ele ficaria bem dif�cil''

Cl�ia Adriana, agente de sa�de





No Shopping Del Rey, na Região Noroeste de BH, o dia foi de aproveitar o dinheiro extra na aquisição de presentes(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
No Shopping Del Rey, na Regi�o Noroeste de BH, o dia foi de aproveitar o dinheiro extra na aquisi��o de presentes (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Supermercados empatados com 2018



Neste fim de ano, quase metade (47%) dos empres�rios do ramo de supermercados estimam que o volume de vendas ficar� no mesmo n�vel de 2018. Segundo sondagem divulgada sexta-feira pela Associa��o Brasileira de Supermercados (Abras), 37% dos gestores acreditam que as comemora��es natalinas e de r�veillon v�o impulsionar o consumo. Para obter as respostas, a entidade aplicou um question�rio online, que encaminhou a 92 redes supermercadistas de todas as regi�es do Brasil. A Abras estima que, no per�odo, as vendas aumentem 7,85%. Al�m dos empres�rios que acreditam em uma varia��o positiva do �ndice ou em um quadro de estagna��o, h� uma terceira parcela com menos otimismo. Ao todo, 16% acreditam que o desempenho ser� pior do que o do ano passado.

Entre os empres�rios que expressam confian�a, a proje��o de crescimento � de 12,3%, superando o resultado esperado pela Abras. A expectativa � que as vendas do item mais tradicional nas festas natalinas, o peru, apresentem aumento de 14%, o que representa mais 6,9 pontos percentuais em rela��o a 2018. Em nota, a associa��o complementa as informa��es do panorama de fechamento do ano para o setor.

“Dos supermercadistas entrevistados, 45% v�o contratar m�o de obra tempor�ria, ante 33% em 2018, crescimento de 12 pontos percentuais, principalmente impulsionados pelo aumento no movimento nas lojas durante o final do ano e devido ao melhor desempenho do varejo em 2019”, diz a Abras. 

As informa��es s�o da Ag�ncia Brasil. A perspectiva do setor � de que sejam geradas 30 mil vagas de emprego tempor�rio nesse per�odo de festas. A maioria das fun��es � de �mbito operacional, como de empacotador (43,5%), operador de caixa (37%) e repositor (35,9%).

Carne cara 


Quanto ao mercado de carne bovina, o presidente da Abras, Jo�o Sanzovo Neto, afirma que o consumidor deve continuar pagando mais pelo produto. 
“O pr�prio governo j� se pronunciou dizendo que o pre�o estava defasado e, mesmo com uma eventual queda nas exporta��es � China, o pre�o da carne n�o dever� baixar”, destacou Sanzovo. 
     
Ele recomenda que os clientes economizem nas festas de fim de ano adotando um card�pio com outros tipos de prote�na, “como os su�nos, as aves e peixes”.

Ainda segundo a pesquisa, espera-se que todos os produtos de prote�na tenham incremento nas vendas. Encabe�am a lista peixes frescos (15%), bacalhau (14,2%) pernil (13,7%), frango (13,4%), carne bovina (12,9%), chester (12,8%), lombo (11,9%) e tender (11,3%).

Tamb�m com poss�vel expans�o no volume de vendas, o empresariado destaca panetone (13,9%), frutas nacionais da �poca (12,7%), frutas especiais importadas (11,8%), e frutas secas (11,7%). 

No corredor das bebidas, os itens que devem ser mais procurados este ano do que em 2018 s�o cervejas (13,4%) e sucos (12,4%). Os vinhos nacionais aparecem em terceiro lugar (12,2%), ultrapassando os espumantes e frisantes (11,1%), os refrigerantes (11%) e os vinhos importados (10,1%).

De acordo com a Abras, a tend�ncia � que todos os produtos fiquem 7,1% mais caros, na compara��o com 2018. 

Os itens que pesaram mais no carrinho foram: pernil (alta de 15,0%), lombo (13,9%), frango (10,8%), tender (9,1%), vinhos importados (9,1%), peru (9%), chester (8,8%), frutas especiais/importadas (8,6%), carne bovina (8,2%) e frutas secas (7,4%). 


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