(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Desigualdade piora e Nordeste e Norte s�o os mais afetados


postado em 26/12/2019 12:00

La�rcio Matias, de 53 anos, se esfor�a para empurrar o carrinho que usa para coletar papel�o, no centro de S�o Paulo. Em um dia de sorte, ele ganha R$ 50 com a venda de 130 quilos do material. Ao caminhar pelas ruas da cidade, por�m, n�o deixa de pensar no quanto a sua vida mudou nos �ltimos anos. La�rcio � uma das muitas v�timas da recess�o que assolou o Brasil entre 2014 e 2016, e que deixou no seu rastro um aumento da desigualdade que o Pa�s ainda est� longe de conseguir mitigar.

Oper�rio experiente, Matias era empregado na constru��o de grandes edif�cios comerciais da capital paulista. N�o faltava emprego. At� que veio a crise e a fam�lia teve de aprender a se virar com menos. "Com o tempo, at� as reformas sumiram e fui trabalhar na rua. A situa��o � dif�cil, mas tem gente pior. Passo por tantas fam�lias morando na rua que fico at� sem gra�a de reclamar", afirma ele.

Esse fen�meno atingiu de forma mais forte as regi�es menos desenvolvidas do Pa�s. Estudo de pesquisadores da FGV aponta que a dist�ncia entre as regi�es brasileiras aumentou nos �ltimos cinco anos, como consequ�ncia da recess�o: enquanto a desigualdade da renda do trabalho medido pelo coeficiente de Gini cresceu quase 5% no Nordeste (chegando a 0,684) e no Norte (0,624), nas demais regi�es ela cresceu na casa dos 3%.

O �ndice mede o grau de concentra��o de renda em um grupo, apontando a diferen�a entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos. Ele varia de 0 a 1. Quanto maior o n�mero, maior a desigualdade.

O economista Daniel Duque, um dos respons�veis pelo estudo, aponta que, dos cinco Estados que ficaram mais desiguais nos �ltimos cinco anos, todos s�o nordestinos. Nesse ponto, os �ltimos anos foram mais cru�is na Para�ba, no Maranh�o e em Alagoas.

Desempregado e tendo de pedir esmolas em um cruzamento de Macei� (AL), Gilson dos Santos, de 38 anos, pede comida para os tr�s filhos enquanto espera por um milagre. Antes da crise, ele chegou a investir os poucos recursos que tinha na compra de uma bicicleta e de produtos para vender lanches na rua. Veio a recess�o e ele perdeu tudo. "O desemprego era t�o alto que os clientes sumiram."

O avan�o da desigualdade reflete a falta de trabalho formal, que afetou a renda das fam�lias. Nos �ltimos cinco anos, s� 2 dos 27 Estados, mais o Distrito Federal, n�o ficaram mais desiguais - Sergipe e Pernambuco, que j� tinham �ndices elevados. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)