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Estado de Minas FINAN�AS PESSOAIS

Saiba como lucrar mais com investimentos em 2020

Especialistas dizem que juros baixos exigir�o do investidor brasileiro mais ousadia para obter melhores rendimentos


postado em 29/12/2019 06:00 / atualizado em 29/12/2019 07:21

Lição número um é não aplicar tudo em apenas um tipo de investimento (foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Li��o n�mero um � n�o aplicar tudo em apenas um tipo de investimento (foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O brasileiro vive uma nova realidade com juros baixos. Ele precisar� buscar outras formas de investimentos para conseguir retornos maiores. Caderneta de poupan�a, fundos de renda fixa e t�tulos p�blicos come�am a perder para a infla��o. Portanto, o investidor nacional, que � tradicionalmente conservador e apostava nessas aplica��es, vai ter que correr um pouco mais de risco, sobretudo, no mercado de a��es, para n�o perder dinheiro, avisam os especialistas.
 
A taxa b�sica da economia, Selic, est� em 4,5% ao ano, a menor da hist�ria. Descontada a infla��o oficial medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) e estimada pelo mercado, de 3,98% anuais, os juros reais caem para 0,52% ao ano. Para quem precisa fazer empr�stimo, isso � positivo, pois o custo do dinheiro tende a ficar menor se as institui��es financeiras come�arem a oferecer cr�dito mais barato. Mas, para o rentista que quiser embolsar o que ganhou h� tr�s anos com t�tulos p�blicos, por exemplo, ser� necess�rio muito mais tempo para obter retorno parecido, mais do que o dobro, com certeza.
 
Especialistas ouvidos pela reportagem orientam que � importante pesquisar bastante e saber escolher as aplica��es financeiras que mais se adequem ao seu perfil e ao seu objetivo de curto, m�dio ou longo prazos. Eles alertam que, no caso de fundos, � preciso tamb�m ficar atento �s taxas de administra��o e de performance que costumam ser cobradas e podem acabar corroendo os ganhos do pequeno investidor.
 
Juros estariam na 'normalidade'
Myrian Lund, professora de finan�as da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), afirma que, da perspectiva do investidor, o Brasil tem mudado muito, algo que ela considera muito positivo. “Nos Estados Unidos, as taxas de juros s�o at� mais baixas do as que no Brasil. Mas estamos vivenciando agora um cen�rio de pa�s est�vel, com infla��o e juros baixos”, explica. “Juros baixos � uma conjuntura internacional. Viv�amos um modelo artificial e, para ter aqueles ganhos, pagamos caro, indiretamente, para sustentar aqueles juros altos que eram remunerados pelos t�tulos p�blicos. Agora estamos dentro da normalidade”, completa.
 
A professora ressalta que, os brasileiros sempre investiram no conforto da renda fixa, onde n�o h� riscos porque existe o respaldo do Fundo Garantidor de Cr�ditos (FGC). “Quando estamos falando da aposentadoria ou im�veis, o seu dinheiro precisa render acima da infla��o. N�s nunca aprendemos isso, ent�o � um novo paradigma para todo cidad�o brasileiro que lida com investimento”, explica. Ela lembra que, se a infla��o voltar a subir daqui para frente, como vem acontecendo neste fim de ano, o poder de compra da popula��o vai diminuindo cada vez mais. “Isso � um convite para buscar investimentos que d�o uma rentabilidade maior”, aconselha.
 

"Com a taxa b�sica em 4,5% ao ano, ele vai precisar aplicar parte dos recurso em investimentos que tenham mais risco do que ele antes fazia"

Marcos Sarmento Melo, diretor da Valorum Gest�o Financeira

Myrian cita tr�s riscos dos investimentos que ela acredita que o brasileiro deve enfrentar com esse novo panorama e que exigem pesquisa e planejamento para quem for investir na renda vari�vel. O primeiro deles � o de n�o ter liquidez di�ria, ou seja, a falta do recurso para uma emerg�ncia. O segundo risco � o de cr�dito, ou seja, a possibilidade de perdas associadas ao n�o cumprimento pela contraparte. E, por �ltimo, o risco de mercado, o mais caracter�stico da renda vari�vel, onde a rentabilidade fica a merc� das varia��es do mercado financeiro.
 
Para 2020, a professora da FGV acredita que o brasileiro precisar� estudar mais a situa��o econ�mica do pa�s. “A li��o seria a de n�o colocar todos os ovos na mesma cesta, por isso que temos que aprender a investir de formas variadas para poder ganhar um pouco mais”, destaca.

Op��o por fundos imobili�rios

A professora de educa��o f�sica Lorena Cruz, de 29 anos, conta que, em 2017, outro professor falou com ela sobre o teto da Previd�ncia e ela percebeu que se aposentaria ganhando menos dinheiro do que o previsto investindo apenas em renda fixa. A partir da�, come�ou a ir atr�s de informa��es sobre investimentos na internet. “Na renda fixa eu percebi que demoraria muito para ter algum retorno, a� eu comecei a ter pressa e fui para a renda vari�vel”, afirma.
 
A professora de educação física Lorena Cruz mudou perfil de investimento para obter maior retorno (foto: Gabriel Pinheiro/Esp.CB/D.A Press)
A professora de educa��o f�sica Lorena Cruz mudou perfil de investimento para obter maior retorno (foto: Gabriel Pinheiro/Esp.CB/D.A Press)
Lorena procurou aplica��es em a��es e em fundos imobili�rios para substituir os investimentos em renda fixa que havia feito anteriormente. “Gostaria de ter me preocupado com isso desde a adolesc�ncia. Eu comecei dessa forma porque era menos arriscado. Agora, com a taxa Selic caindo, percebi que demoraria muito para obter um rendimento muito baixo”, compara. Segundo a professora, os riscos valem a pena para tentar construir uma aposentadoria melhor.
 
Marcos Sarmento Melo, diretor da Valorum Gest�o Financeira, acredita que os desafios para 2020 para os investidores est�o totalmente ligados � taxa de juros, que devem influenciar muito na tomada de decis�o no ano. “Com a taxa b�sica em 4,5% ao ano, ele vai precisar aplicar parte dos recurso em investimentos que tenham mais risco do que ele antes fazia.” 

Expectativa com a queda da Selic

Os custos do cr�dito no mercado financeiro ainda n�o acompanharam o ritmo de redu��o da taxa b�sica da economia, Selic, que caiu para menos da metade do que estava em 2016, de 14,25% ao ano, para 4,5%, atualmente. Uma das d�vidas do mercado � se finalmente o spread banc�rio (que inclui a margem de lucro, impostos e os custos das institui��es financeiras) vai cair ou n�o a partir de 2020. Credito mais barato ser� positivo para a retomada da economia, renegocia��o de d�vidas e ser� um est�mulo para a casa pr�pria.
 
Marcos Sarmento Melo, diretor da Valorum Gest�o Financeira, demonstra otimismo em rela��o � queda no custo do cr�dito para o consumidor. “Com o aumento da concorr�ncia o spread cai. Existe um aumento sim da competi��o, temos cada vez mais fintechs e agentes financeiros que t�m a possibilidade de oferecer um cr�dito competitivo”, explica. Contudo, ele acredita que a intensidade e o momento em que isso vai acontecer, nem o Banco Central pode prever.
 
Na avalia��o de Myrian Lund, professora da FGV, a redu��o do spread depende muito mais do comportamento da popula��o que toma esse cr�dito. “Enquanto as pessoas estiverem tomando cr�dito, eles n�o v�o baixar, � a lei de oferta e demanda”, explica. Ela afirma que tomar uma posi��o mais ativa na hora de buscar o melhor cr�dito pode pressionar os bancos a se tornarem mais competitivos. “Cabe a cada um de n�s sair da cadeira e agir de uma forma mais profissional. Temos que fazer a nossa parte e aprender a dizer n�o.”
 

"Quando estamos falando da aposentadoria ou im�veis, o seu dinheiro precisa render acima da infla��o. N�s nunca aprendemos isso, ent�o � um novo paradigma para todo cidad�o brasileiro que lida com investimento"

Myrian Lund, professora de finan�as da FGV

A especialista em finan�as pessoais informa ainda que n�o � preciso pegar um empr�stimo no primeiro local procurado, para ela � necess�rio uma melhor an�lise da situa��o financeira e procurar outras alternativas. “Hoje podemos entrar na internet procurando por cr�dito e temos um mundo completamente diferente. Da mesma forma que podemos pedir um carro por aplicativo, n�s temos novas alternativas no mercado financeiro”, exemplifica Myrian. “Os bancos s� v�o mudar quando as pessoas come�arem a dizer n�o para as taxas de cr�dito. � simples, ou eles atentem ou os clientes v�o embora. N�s n�o podemos esperar que o governo tome todas as atitudes quanto a isso”, completa.
 
Luciana Ikedo, assessora de investimentos, tamb�m acredita que as taxas de cr�dito devem cair. “Depende diretamente dessa taxa de juros baixa na economia. Mesmo que o ciclo de cortes tenha chegado ao fim a gente entende que nesse momento os juros v�o continuar baixos e para cr�dito isso � extremamente positivo.”
 
Para a assessora, essa � uma boa oportunidade para as pessoas se organizarem para poder conseguir quitar d�vidas e buscar melhores condi��es para financiamentos de bens e im�veis. “Caso seja devedor, fa�a uma reorganiza��o das d�vidas com as institui��es e que foque em uma d�vida �nica para conseguir um per�odo mais alongado”.  Segundo Luciana, esse � um bom momento para tirar aquele projeto que estava parado do papel. Para as empresas, isso significa expans�o e melhorias. Para a popula��o, � um bom momento para comprar im�veis e para a reorganiza��o geral das d�vidas j� existentes. (Colaborou Gabriel Pinheiro)


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