
Os juros do rotativo do cart�o de cr�dito e do cheque especial subiram em novembro, de acordo com dados divulgados hoje (27) pelo Banco Central (BC).
A taxa m�dia do rotativo do cart�o de cr�dito subiu 0,7 ponto percentual em rela��o a outubro, chegando a 318,3% ao ano. A taxa m�dia � formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.
No caso do cliente adimplente, que paga pelo menos o valor m�nimo da fatura do cart�o em dia, a taxa chegou a 293,9% ao ano em novembro, alta de 7,5 pontos percentuais em rela��o a outubro. J� a taxa cobrada dos clientes que n�o pagaram ou atrasaram o pagamento m�nimo da fatura (rotativo n�o regular) os juros ca�ram 3,7 pontos percentuais, indo para 334,3% ao ano.
O rotativo � o cr�dito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cart�o. O cr�dito rotativo dura 30 dias. Ap�s esse prazo, as institui��es financeiras parcelam a d�vida.
Na modalidade de parcelamento das compras pelo cart�o de cr�dito, a taxa chegou a 178,8% ao ano em novembro, com aumento de 4,4 pontos percentuais.
Cheque especial
A taxa de juros do cheque especial subiu 0,7 ponto percentual em novembro, comparada a outubro, e chegou a 306,6% ao ano.
No ano passado, os bancos anunciaram uma medida de autorregulamenta��o do cheque especial. Os correntistas que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela institui��o financeira.
Essa medida n�o reduziu satisfatoriamente os juros do cheque especial. Por isso, o BC decidiu definir mais uma regra para a modalidade de cr�dito. A partir de 6 de janeiro de 2020, os bancos n�o poder�o cobrar taxas superiores a 8% ao m�s, o equivalente a 151,8% ao ano, nos juros do cheque especial. E em junho, ser� cobrada tarifa de 0,25% sobre o limite do cheque especial que exceder R$ 500. Essa foi uma decis�o do BC, com medida aprovada no Conselho Monet�rio Nacional, h� um m�s.
Para o BC, a medida torna o cheque especial menos regressivo (menos prejudicial para a popula��o mais pobre e com menor escolaridade), al�m de corrigir falhas de mercado nessa modalidade.
Cr�dito pessoal
A taxa de juros do cr�dito pessoal n�o consignado subiu para 103% ao ano em novembro, com alta de 3,9 pontos percentuais em rela��o a outubro. A taxa do cr�dito consignado (com desconto em folha de pagamento) caiu 0,3 percentual, indo para 20,6 % ao ano, no m�s passado.
De acordo com o BC, a taxa m�dia de juros para pessoa f�sica subiu 0,6 ponto percentual em novembro, chegando a 50,2% ao ano. A taxa m�dia das empresas ficou em 17,3% ao ano, queda de 0,3 ponto percentual.
Inadimpl�ncia
A inadimpl�ncia do cr�dito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas f�sicas ficou est�vel em 5%. Entre pessoas jur�dicas a inadimpl�ncia caiu 0,1 ponto percentual para 2,4% em novembro.
Esses dados s�o do cr�dito livre, em que os bancos t�m autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.
No caso do cr�dito direcionado (empr�stimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcr�dito) os juros para as pessoas f�sicas caiu 0,2 ponto percentual, registrando 7,4% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,4 ponto percentual, chegando a 7,6% ao ano.
A inadimpl�ncia das pessoas f�sicas no cr�dito direcionado permaneceu em 1,8% e a das empresas caiu 0,1 ponto percentual para 2%.
Saldo dos empr�stimos
Em novembro, o estoque de todos os empr�stimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,409 trilh�es, com expans�o de 1,1% em rela��o a outubro. No ano, a expans�o foi de 4,7% e, em 12 meses, 6,3%.
Esse saldo do cr�dito correspondeu a 47,3% de tudo o que o pa�s produz - o Produto Interno Bruto (PIB) -, com crescimento de 0,4 ponto percentual em rela��o a outubro.