O presidente Jair Bolsonaro decidiu nesta ter�a-feira, 31, reajustar o sal�rio m�nimo dos atuais R$ 998 para R$ 1.039, segundo informou a Secretaria-Geral da Presid�ncia. O valor representa um aumento de R$ 8 do que estava previsto no Or�amento de 2020. O novo m�nimo passa a vigorar a partir desta quarta-feira, 1� de janeiro.
Uma medida provis�ria com o novo valor foi assinada na manh� desta ter�a-feira, 31, por Bolsonaro, ap�s o presidente se reunir com os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Jorge Oliveira, no Pal�cio do Alvorada. A MP foi publicada em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o ainda nesta ter�a.
O presidente estava na Bahia com a filha ca�ula, Laura, onde ficaria at� o pr�ximo domingo, mas decidiu antecipar o retorno para passar a virada do ano com a mulher, Michelle Bolsonaro. Ela havia ficado em Bras�lia porque, segundo o presidente, passaria por uma pequena cirurgia.
O Or�amento de 2020 aprovado no �ltimo dia 17 por deputados e senadores previa o valor de R$ 1.031, sem aumento real (ou seja, com reajuste apenas para compensar a perda da infla��o estimada para este ano).
O valor mais baixo havia sido proposto pelo pr�prio governo em novembro, ap�s o Minist�rio da Economia revisar a estimativa do INPC, �ndice de infla��o usado como base para o c�lculo, que passou de 4% para 3,5%.
Pol�tica de reajuste
A pol�tica de aumentos reais (acima da infla��o) do sal�rio m�nimo vinha sendo implementada nos �ltimos anos, ap�s ser proposta pela ent�o presidente Dilma Rousseff e aprovada pelo Congresso. Os reajustes pela infla��o e varia��o do PIB vigoraram de 2011 a 2019, mas nem sempre o sal�rio m�nimo subiu acima da infla��o.
Em entrevista no �ltimo dia 18, ap�s o Congresso aprovar o Or�amento para o ano que vem, o ministro da Economia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o valor do m�nimo ser� discutido ano a ano. Para ele, a decis�o de governos anteriores de fixar uma regra que valia para v�rios anos "n�o foi boa para o Pa�s". "Quando a gente pensa hoje em pol�tica salarial, voc� est� fazendo demagogia", afirmou.
O ministro afirmou ainda que um aumento maior do sal�rio m�nimo pode ter consequ�ncias perversas no mercado de trabalho. "Temos receio de alimentar a m�quina de desemprego se a gente fizer qualquer coisa que dificulte a gera��o de emprego", afirmou. Segundo ele, o trabalhador recebe R$ 1 mil, mas custa R$ 2 mil para a empresa. Por isso, elevar ainda mais o piso tem impacto no mercado e nas contrata��es.
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