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Estado de Minas ECONOMIA

'Investidor estrangeiro quer carimbo sustent�vel', diz presidente do BNP Paribas


postado em 02/01/2020 07:39 / atualizado em 02/01/2020 07:51

(foto: Reprodução Wikimedia Commons)
(foto: Reprodu��o Wikimedia Commons)
A queda de bra�o diplom�tica entre Brasil e Fran�a, travada diretamente pelos presidentes Jair Bolsonaro e Emmanuel Macron em 2019, envolvendo sobretudo a preserva��o da Amaz�nia, n�o passou despercebida pelos investidores do franceses, que concentram quase um ter�o dos aportes estrangeiros diretos por aqui, segundo dados do Minist�rio da Economia.

A presidente da C�mara de Com�rcio Fran�a-Brasil e das opera��es brasileiras do banco BNP Paribas, Sandrine Ferdane, afirmou, em entrevista ao Estad�o/Broadcast, que os europeus buscam projetos com "carimbo" de sustentabilidade.

"Essa crise foi a oportunidade de o Brasil sentir a preocupa��o do mundo com a quest�o da sustentabilidade. O investidor, l� fora, busca investimento carimbado como sustent�vel. E essa l�gica ainda n�o chegou ao Brasil", disse.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Dados do Minist�rio da Economia mostram que, at� o 3º trimestre de 2019, 32% dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil vieram da Fran�a. Qual sua avalia��o sobre a atual rela��o entre os pa�ses?

Foi um ano de turbul�ncias na rela��o, mas tamb�m de repens�-la. A presen�a francesa no Brasil � de longo prazo. Cem por cento das empresas do CAC 40 (principal �ndice da bolsa de valores de Paris) est�o no Brasil. Ao longo do per�odo de crise que passamos, as empresas n�o pararam de investir. Um evento de destaque esse ano que foi a compra da TAG (gasoduto que era controlado pela Petrobr�s) pela Engie, por quase US$ 9 bilh�es.

Apesar das turbul�ncias pol�ticas, na hora de decidir um investimento o pragmatismo sempre leva a melhor?

N�o podemos considerar que o econ�mico se separa do pol�tico. N�o existe esse descolamento. Mas existe o papel central, que foi da C�mara de Com�rcio Fran�a-Brasil, de manter as rela��es. Essa crise teve dimens�o emocional. Foi oportunidade de o Brasil sentir a preocupa��o do mundo de hoje com a quest�o da sustentabilidade. O investidor, l� fora, busca investimento carimbado como sustent�vel e essa l�gica ainda n�o chegou ao Brasil.

Mas esse momento de "repensar a rela��o" j� passou ou o desconforto ainda est� presente?

O primeiro legado (da crise entre os dois pa�ses) � a conscientiza��o. O segundo � a imagem do Brasil, que foi afetada. O papel de uma empresa francesa aqui no Brasil � vender a vis�o do Pa�s, n�o s� o potencial econ�mico. Falou-se muito mal do Pa�s - em parte de forma exagerada, obviamente. Ent�o existe, agora, um trabalho de reconstru��o de imagem.

O investidor franc�s est� animado com a agenda de reformas em andamento no Brasil? Como isso pode ter impacto em decis�es de investimentos em 2020?

Se eu tiver de responder sim ou n�o, diria que sim. Tivemos um fim de ano com uma din�mica boa. Muitos setores est�o recuperando a atividade, mas a maioria deles ainda n�o voltou a n�veis pr�-crise. Vemos concess�es, privatiza��es. S�o raz�es concretas para o otimismo. � importante lembrar que a gente est� no meio do caminho de transforma��o. Vamos medir cada vez mais o impacto das reformas, da queda dos juros, que alavanca as empresas. Tudo isso � recente e n�o est� ainda materializado no cen�rio, mas olhando no futuro a gente v� impacto ainda mais positivo. Mas isso n�o quer dizer que o ano vai ser f�cil, j� que as incertezas existem e existir�o.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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