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Estado de Minas ECONOMIA

Mudan�a de tarifa��o n�o est� relacionada a acordo com ATS, diz presidente da B3


postado em 02/01/2020 13:41

A mudan�a de tarifa��o da B3, anunciada nesta quinta-feira, 2, vem sendo trabalhada dentro da companhia desde meados do ano passado e n�o tem rela��o com o acordo firmado na semana passada com a ATS, ap�s processo de media��o, sobre o pre�o e demais condi��es para a presta��o, pela B3, de servi�os de transfer�ncia de ativos, comentou o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, em teleconfer�ncia com jornalistas nesta quinta-feira. A ATS tinha planos de montar uma nova bolsa de valores no Brasil.

O executivo disse que por conta da proximidade das datas entre o acordo com a ATS e o an�ncio da nova pol�tica de tarifa��o foi feito um v�nculo no mercado entre os dois eventos, o que ele diz n�o ser correto. "O acordo com a ATS � muito inferior ao que estamos fazendo aqui, que � algo muito amplo. No acordo com a ATS a amplitude era apenas na tarifa de transfer�ncia de ativos e aqui � um movimento muito maior e de muito mais impacto e foco no clientes", comentou.

Na nova pol�tica de tarifa��o anunciada nesta quinta, a companhia informou que haver� uma redu��o e custos aos clientes - e queda de receitas para a companhia - da ordem de R$ 250 milh�es, isso se considerado os efeitos caso as mudan�as j� estivessem em vigor nos �ltimos 12 meses. Essa perda de receita, contudo, ser� mitigada com o maior volume de negocia��o que deve vir a reboque das medidas, com um maior volume de investidores pessoas f�sicas, maiores volumes de fundos locais, que seguem captando em cen�rio de juros baixos no Pa�s, e com a vinda de mais investidores estrangeiros, diante dos incentivos de menores tarifas para maiores volumes negociados.

Dentre as mudan�as anunciadas est�o as tarifas menores para investidores com maiores volumes, cria��o de programa de incentivo para grandes day traders, isen��o da tarifa mensal de manuten��o de conta de cust�dia e redu��o autom�tica de tarifas (compartilhamento da alavancagem operacional).

O presidente da B3 disse que as mudan�as na tarifa��o n�o ocorrem tendo em vista concorr�ncia, mas sim o foco no cliente. "Nosso compromisso � de estar perto do cliente", afirmou. Ele comentou, por exemplo, que a decis�o de zerar a taxa mensal de manuten��o de conta, atualmente de cerca de R$ 110 ao ano, veio ap�s debates com as corretoras. "Foi identificado que esse poderia ser um gargalo para a atra��o de clientes por parte das corretoras", disse.

Muitos intermedi�rios, por conta disso, n�o estavam repassando esse custo aos clientes e sendo, assim, onerados. A expectativa, agora, � que ganhem mais f�lego para o crescimento de suas bases de investidores.

O executivo afirmou, ainda, que a B3 j� tem concorr�ncia global, o que pode ser facilmente observado, por exemplo, no mercado de derivativos e de a��es, com empresas brasileiras - caso da XP no fim do ano passado - escolhendo a Nasdaq na hora de abrir seu capital.

Para 2020, a B3 trabalhar�, junto aos reguladores, outra medida com potencial de atrair mais investidores ao mercado de renda vari�vel: a simplifica��o de cobran�a de Imposto de Renda. "Com o desenvolvimento do mercado de capitais a gente gostaria de trabalhar um modelo de tributa��o mais simplificado, que poderia ser menos impeditivo para atra��o de investidores", afirmou.

Mitiga��o

A redu��o das receitas com a nova pol�tica de tarifa��o da B3 para renda vari�vel e mercado de balc�o ser� mitigada com a expectativa de aumento do volume de negocia��o da bolsa e com a entrada de novos investidores, disse Gilson Finkelsztain.

A B3 anunciou novo modelo de tarifas para determinados servi�os no mercado de renda vari�vel, na central deposit�ria e empr�stimo de ativos. A companhia informou que se as mudan�as estivessem em vigor nos �ltimos doze meses a perda de receita seria da ordem de R$ 250 milh�es.

"Nosso objetivo n�o � maximizar a receita de curto prazo e sim o fortalecimento do mercado no m�dio e longo prazo, dando mais abertura para um n�mero maior de investidores nesses mercados", afirmou o executivo.

Finkelsztain explicou que a mudan�a da tarifa��o ser� feita ao longo do ano e esse prazo ser� necess�rio porque os intermedi�rios ter�o que se adaptar �s mudan�as. "O cronograma ser� antecipado assim que tivermos o 'ok' dos participantes do mercado", afirmou.

O presidente da B3 afirmou que a vantagem de uma empresa l�der � poder levar aos seus clientes esse tipo de benef�cio e ponderou que a tarifa��o "n�o pode ser um empecilho para a realiza��o de neg�cios". Segundo ele, a companhia busca com as mudan�as proporcionar ambiente para o pleno potencial de crescimento do mercado. "Vamos trabalhar para o desenvolvimento do mercado de capitais", disse.

O executivo frisou que a B3 opera com elevada alavancagem operacional e que, dessa forma, suas receitas aumentam com o maior volume de neg�cios. Ele lembrou que desde que a B3 nasceu, ap�s a uni�o de BM&FBovespa; com a Cetip, um dos compromissos assumidos com o mercado foi o de dividir os ganhos de sinergias com os clientes e que a nova tarifa��o anunciada hoje ocorre tendo em vista essa estrat�gia. "N�o � uma novidade essa nossa estrat�gia e n�o � algo que pode ser feito da noite para o dia", comentou.

Foco

Finkelsztain disse que o foco das novas tarifas � a amplia��o dos volumes de negocia��o e maior liquidez nos mercados. As mudan�as ocorreram depois da companhia tentar entender, junto aos seus clientes, quais mudan�as teriam mais efeitos nessa dire��o. "A mudan�a n�o foi para todos os produtos, mas para aqueles que efetivamente podem incentivar o crescimento do mercado de capitais", concluiu.


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