Conforme o minist�rio, o pre�o da carne vai reduzir para o consumidor final. O cen�rio “indica uma acomoda��o dos pre�os no atacado, com reflexos positivos a curto prazo no varejo”, descreve nota que acrescenta que a alcatra teve “4,5% de queda no pre�o nos �ltimos sete dias.”
Segundo proje��es do Mapa, a arroba vai ficar entre R$ 180 e R$ 200 nos pr�ximos meses, dependendo da pra�a. A queda do valor interrompe a alta de 28,5% que salgou o pre�o da carne nos �ltimos seis meses. A perspectiva, por�m, � de que o alimento n�o volte ao patamar inferior. “Estamos fazendo a leitura de que isso veio para ficar, um outro patamar do pre�o da carne”, avalia o diretor do Departamento de Comercializa��o e Abastecimento do Mapa, S�lvio Farnese.
“Eu tenho certeza que o pre�o n�o volta ao que era”, concorda Alisson Wallace Ara�jo, dono de dois a�ougues e uma distribuidora de carne em Bras�lia. Segundo ele, no Distrito Federal, o quilo do quarto traseiro do boi estava custando para a�ougues e distribuidoras de carne R$ 13,50 h� seis meses. Chegou a R$ 18,90 em novembro, e hoje est� em R$ 17,70.
Estabiliza��o dos pre�os
H� mais de uma raz�o para a prov�vel estabiliza��o dos pre�os em valores mais altos do que h� um ano. O mercado internacional tende a comprar mais carne brasileira, os produtores est�o tendo mais gastos ao adquirir bezerros e a eventual recupera��o econ�mica favorece o consumo de carne no Brasil.
No �ltimo ano, beneficiado pela perda de rebanhos na China e pela alta do d�lar, o Brasil ganhou mercado e v�rios frigor�ficos foram habilitados para vender mais carne no exterior. S� em novembro, mais cinco frigor�ficos foram autorizados pelos chineses a exportar carne. Em outros pa�ses tamb�m houve avan�os. Mais oito frigor�ficos foram aceitos pela Ar�bia Saudita no mesmo m�s.
A carne brasileira � competitiva no mercado internacional porque � mais barata que a carne de outros pa�ses produtores, como a Austr�lia e os Estados Unidos, cujo o gasto de cria��o dos bois � mais oneroso por causa do regime de confinamento e alimenta��o. O gado brasileiro � criado solto em pasto.
O Brasil produz cerca de 9 milh�es de toneladas de carne por ano, 70% � consumida internamente. Mas a venda para o exterior � atrativa para os produtores e pressiona valores. “A abertura de um mercado que comece a receber um produto brasileiro ajuda o criador na forma��o de pre�o”, descreve Farnese.
A alta recente dos pre�os do boi est� viabilizando a renova��o do gado quando o pre�o dos bezerros est� valorizado. A compra dos bezerros � necess�ria para repor o gado abatido nos �ltimos anos, inclusive de vacas novilhas.
Al�m disso, em �poca de chuva, com pasto mais volumoso, os pecuaristas vendem menos bois e mant�m os animais em engorda, o que tamb�m repercute na oferta e no pre�o do alimento. “Os criadores n�o se disp�em a vender porque t�m alimento barato para o gado”, assinala o diretor do Departamento de Comercializa��o e Abastecimento do Mapa, S�lvio Farnese.
O comerciante Alisson Wallace Ara�jo acredita que com a recupera��o da economia e diminui��o do desemprego, haver� mais demanda por carne ao longo do ano. “� uma crescente”, diz Ara�jo. Ele, no entanto, n�o acredita em alta nos pr�ximos meses. Em sua opini�o, o consumo de carne diminui em janeiro por causa das f�rias e gastos sazonais das fam�lias (como impostos e material escolar) e depois do carnaval por causa da quaresma (per�odo em que os cat�licos diminuem o consumo de carne).