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Estado de Minas INFLA��O

Com lanche e carne caros, BH tem maior infla��o em 3 anos

Custo de vida na capital mineira subiu 5,23% em 2019, tamb�m sob influ�ncia de energia el�trica, excurs�es e condom�nio. Despesas de novembro e dezembro turbinaram �ndice Com lanche e carne caros, BH tem maior IPCA em 3 anos


postado em 09/01/2020 04:00 / atualizado em 09/01/2020 09:05


A infla��o de 2019 em Belo Horizonte alcan�ou 5,23%, medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), da Funda��o Ipead, vinculada � UFMG. Embora tenha ficado dentro da meta estipulada pelo governo, de 5,75%, o �ndice teve o maior avan�o na capital mineira nos �ltimos tr�s anos. Em 2018, o IPCA havia subido 4,59%, depois de um 2017 em que a eleva��o m�dia de todos os pre�os ficou em 3,94%.
 
Os gastos da popula��o com lanche, feij�o carioquinha e as carnes lideram as press�es sobre o custo de vida no ano passado, particularmente influenciadas pelos alimentos. J� entre as demais despesas, as excurs�es, o condom�nio e a energia el�trica foram os principais vil�es.
 
A coordenadora de pesquisas da Funda��o Ipead, Thaize Martins, explica que a infla��o de BH mudou de curso ao longo do ano. “At� outubro, esteve abaixo do centro da meta”, diz. A maior press�o para a eleva��o do �ndice veio nos meses de novembro e dezembro. Segundo Thaize, o �ltimo m�s do ano mostrou varia��o de 1,09%, a mais alta dos �ltimos 15 anos. A explica��o est� na forte alta dos pre�os das carnes, aliada �s eleva��es esperadas durante as festas de fim de ano.
 
O setor de alimenta��o teve varia��o de 6,82% em 2019 e contribuiu com 1,04 ponto percentual para a infla��o anual. Os alimentos de elabora��o prim�ria, grupo que inclui carnes, ovo e leite, sofreram varia��o de 21,89%, em m�dia, no ano passado e contribu�ram 0,53 ponto percentual para o �ndice anual. A infla��o do lanche impressiona, com aumento de 13,55% em 2019, farto destaque entre as altas do grupo de despesas com alimenta��o.
(foto: Arquivo/EM)
(foto: Arquivo/EM)

 
A forte alta das carnes no fim do ano passado tamb�m foi refletida no �ndice calculado pela Funda��o Ipead. O pre�o da alcatra variou 41,64% e o do contrafil�, 43,08%. Contudo, o produto que mais encareceu foi o feij�o carioquinha, cujo pre�o subiu 51,28%. Segundo Thaize Martins, houve escassez do gr�o no mercado interno e os produtores tiveram que refazer �reas de planta��o. “Isso interferiu na colheita, com menos produto no mercado. Quanto menor a oferta, maior o pre�o”, explica. Por outro lado, o tomate foi o alimento que ficou mais barato no ano passado: a varia��o negativa foi de 43,89%.
 
No acumulado do ano, os itens n�o alimentares tiveram contribui��o maior para a infla��o na capital. O setor, que inclui despesas pessoais e gastos com habita��o, contribuiu com 80,15% do IPCA de 2019, representando 4,19 pontos percentuais. Os pre�os das excurs�es de turismo variaram 42,86%, em m�dia, no ano e contribu�ram com aproximadamente 1 ponto percentual para o �ndice final. Thaize Martins analisa que a demanda do setor de turismo foi alta ao longo do ano, quadro que se aliou � alta do d�lar, o que significou aumento nos pre�os.
 
As contas de condom�nio tamb�m foram destaque, variando 9,17%. J� a energia el�trica ficou 9,9% mais cara. O produto n�o alimentar que mais encareceu no ano foi o t�nis infantil, com varia��o de 45,07%. Enquanto isso, os pre�os do conjunto dos artigos de vestu�rio sofreram alta de 6,37%. Na dire��o inversa, o produto que ficou mais barato foi o seguro obrigat�rio de ve�culos, com varia��o negativa de 60,85%. Segundo Thaize Martins, esse resultado pode ser explicado pela extin��o do tributo proposta pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019.

Pessimismo

A Funda��o Ipead tamb�m divulgou ontem o �ndices de Confian�a do Consumidor (ICC) referente a dezembro em Belo Horizonte. O indicador somou 30,07 pontos, queda de 2,58% em rela��o ao apurado no m�s de novembro. O levantamento foi feito entre 28 de novembro e 20 de dezembro do ano passado. Abaixo dos 50 pontos, se considera que o consumidor est� pessimista com a situa��o econ�mica do pa�s e a situa��o financeira da fam�lia.
 
Outra pesquisa divulgada foi a de taxas m�dias de juros praticadas para pessoa f�sica e jur�dica na capital. A maioria das taxas m�dias para pessoa jur�dica sofreu alta em dezembro. A que sofreu maior varia��o foi a de im�veis constru�dos. A taxa m�dia registrada do segmento ficou em 1,27%, alta de 89,55% em rela��o a novembro. J� a maior taxa m�dia mensal registrada foi a do cheque especial, de 12,37%.

(*) Estagi�rio sob a supervis�o da sueditora Marta Vieira

Minas fornecer� 6% da safra de gr�os

A estimativa da safra de gr�os 2019/2020 indica produ��o de 248 milh�es de toneladas, com aumento de 2,5%, – volume adicional de 6,1 milh�es de toneladas –, na compara��o com 2018/19. Os n�meros, que registram novo recorde da s�rie hist�rica, foram divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu quarto levantamento de dados no campo.
 
Minas Gerais dever� responder por 6% desse resultado (14,88 milh�es de toneladas). O Mato Grosso lidera a produ��o nacional de gr�os, com participa��o de 28%, seguido pelo Paran� (14,9%), Rio Grande do Sul (14,3%), Goi�s (10%) e Mato Grosso do Sul (7,9%). Todo esse grupo, incluindo a produ��o mineira, representar� 81,1% do total nacional.
 
Entre as grandes regi�es, o volume de gr�os do Centro-Oeste foi de 111,5 milh�es de toneladas (46,2%); do Sul, 77,2 milh�es de toneladas (32%); Sudeste, 23,7 milh�es de toneladas (9,8%); Nordeste, 19,2 milh�es de toneladas (7,9%) e Norte, 9,8 milh�es de toneladas (4,1%).
 
A expectativa da Conab para a �rea plantada � que sejam cultivados 64,2 milh�es de hectares ou o equivalente a uma varia��o positiva de 1,5% em compara��o � da safra anterior. “As condi��es clim�ticas, que apresentaram certa instabilidade no in�cio do plantio de ver�o na maioria das regi�es produtoras, tomaram agora um ritmo de normaliza��o. A perspectiva � de que os n�veis de produtividade apresentem bom desempenho nessa etapa”, diz a companhia.
 
O secret�rio substituto de Pol�tica Agr�cola do Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Ara�jo, disse que os bons indicadores se devem especialmente ao bom desempenho dos financiamentos para o setor. “Nunca se teve uma libera��o e contrata��o t�o forte de cr�dito oficial como o registrado nos primeiros seis meses do plano safra (julho a dezembro)”.

Na avalia��o do secret�rio, isso representa o sentimento de confian�a, de credibilidade n�o apenas dos produtores, mas tamb�m das cooperativas e dos agentes financeiros na agricultura brasileira. Segundo a Conab, a soja, que vem mantendo a tend�ncia de crescimento nesta temporada, deve registrar aumento da produ��o de 6,3%, na compara��o com 2018/2019, chegando a 122,2 milh�es de toneladas. A �rea plantada registrou tamb�m crescimento de 2,6%, com 36,8 milh�es de hectares. (Com Ag�ncia Brasil)

Alta na porta da f�brica

Na esteira da eleva��o de exporta��es provocada pela maior demanda da China, atingida pela peste su�na africana, a infla��o das carnes foi o principal fator de press�o para o aumento de 0,91%, em novembro do ano passado, no �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP), que mede os pre�os dos produtos industriais na porta das f�bricas, e foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O avan�o de 3,48% dos pre�os dos alimentos, que puxou o IPP de novembro, foi o maior desde setembro de 2015 (5,47%). Com isso, a alimenta��o respondeu, sozinha, por 0,79 ponto percentual (p.p.) da alta de 0,91% do �ndice em novembro. Em 2019, os alimentos acumularam varia��o de 7,67% at� novembro no IPP. “Uma parte muito grande do avan�o foi devido �s carnes”, disse Manuel Neto, gerente do IPP do IBGE. 


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