Como parte de mobiliza��o para nova campanha salarial, lideran�as sindicais das carreiras de servidores p�blicos j� falam em greve no dia 18 de mar�o. Este foi um dos temas discutidos em reuni�o do F�rum das Entidades Nacionais dos Servidores P�blicos Federais (Fonasefe), na ter�a-feira passada.
Na ata da reuni�o, a qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, os sindicalistas inclu�ram na agenda de mobiliza��o o in�cio de debate sobre uma "radicaliza��o" para se contrapor ao que classificam de "ataques dos governos ao funcionalismo p�blico". A entidade indicou 18 de mar�o como dia para uma eventual paralisa��o.
O f�rum re�ne tanto os sindicatos das carreiras de elite do funcionalismo, que incluem auditores da Receita e servidores do Banco Central, como o chamado "carreir�o", como s�o chamados as carreiras de n�vel t�cnico. Eles discutiram tamb�m uma estrat�gia "combo" de articula��o: propostas que combinem a reivindica��o por pautas espec�ficas como tamb�m uma mobiliza��o contra as "pol�ticas neoliberais" do governo Jair Bolsonaro. Uma nova reuni�o foi marcada para a pr�xima quarta-feira, 15.
O presidente do F�rum Nacional Permanente das Carreiras T�picas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, reconheceu que avan�os nas negocia��es salariais v�o depender de uma alternativa ao teto de gasto - regra prevista na Constitui��o que impede o crescimento das despesas acima da infla��o. Ele afirmou que o crescimento vegetativo da folha � em torno de 3% ao ano, o que restringe o espa�o do teto. Ainda segundo ele, 80% das categorias dos servidores optaram, no passado, por um reajuste de dois anos e, agora, est�o h� quatro anos sem nenhum reajuste. Esse grupo, prev� ele, vai intensificar a press�o por reajuste ao longo de 2020, sobretudo, a partir de mar�o.
Segundo Marques, os servidores tamb�m v�o se articular para derrubar a proposta do governo de corte de at� 25% da jornada de trabalho e dos sal�rios nessa propor��o. A medida consta no conjunto de reformas fiscais enviado ao Congresso no final do ano passado. Ele disse que a medida n�o seria fact�vel porque h� no servi�o p�blico federal 120 mil servidores que poderiam ser aposentar e recebem um incentivo - o abono de perman�ncia - para permanecer no cargo. Se o corte da jornada de trabalho for aprovado, o incentivo deixaria de ser vantajoso, provocando a aposentadoria desses servidores.
"A nossa mobiliza��o nunca se encerrou, j� que o governo n�o cumpriu o acordo", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Kleber Cabral, numa refer�ncia � regulamenta��o do b�nus de efici�ncia (incentivo financeiro dado ao cumprimento de metas de arrecada��o), impasse que ainda n�o foi resolvido.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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