N�o fosse a carne, maior impacto sobre IPCA de 2019 seria de plano de sa�de

N�o fosse a press�o do aumento no pre�o das carnes, o principal vil�o da infla��o oficial no Pa�s em 2019 teria sido o plano de sa�de. As fam�lias gastaram 8,24% a mais em 2019 com plano de sa�de, o equivalente a uma contribui��o de 0,34 ponto porcentual sobre a infla��o de 4,31% acumulada pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

A Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) autorizou, em 2019, um reajuste de at� 7,35% nas mensalidades dos planos de sa�de individuais, lembrou o IBGE. Como consequ�ncia, os gastos com Sa�de e cuidados pessoais cresceram 5,41% em 2019, uma contribui��o de 0,65 ponto porcentual no IPCA do ano passado.

As despesas com Transportes subiram 3,57% em 2019, com contribui��o de 0,66 ponto porcentual, puxadas por aumentos no �nibus urbano (6,64%) e na gasolina (4,03%), ambos com impacto de 0,18 ponto porcentual cada um no IPCA.

Os custos com Habita��o subiram 3,90%, uma contribui��o de 0,62 ponto porcentual para a infla��o do ano passado, sendo 0,19 ponto porcentual apenas da energia el�trica, que acumulou uma alta de 5,00%.

O grupo Alimenta��o e bebidas liderou a alta, com avan�o de 6,37% e contribui��o de 1,57 ponto porcentual no ano. Segundo Andr� Almeida, analista do Sistema de �ndices de Pre�os do IBGE, a safra recorde de gr�os manteve os pre�os da alimenta��o no domic�lio com defla��o de maio a outubro de 2019.

"A oferta ao longo do ano fez com que alguns itens tivessem queda de pre�os", explicou Almeida. No entanto, houve press�es sobre alimentos vindas dos feij�es no primeiro trimestre e das carnes no �ltimo bimestre do ano passado.

Nos demais grupos, destacaram-se em 2019 as eleva��es de pre�os das joias (11,66%) em Vestu�rio (0,74%); dos jogos de azar (40,36%) em Despesas pessoais (4,67%); dos cursos regulares (4,97%) em Educa��o (4,75%) e dos planos de telefone celular (1,89%) em Comunica��o (1,07%).

O grupo Artigos de resid�ncia foi o �nico com defla��o no ano, de -0,36%, decorrente de quedas nos pre�os dos itens TV, som e inform�tica (-4,41%) e mobili�rio (-1,21%).