Depois de acumularem alta de 30,43% em 2019, as carnes bovinas come�aram a ceder e chegaram � primeira semana de janeiro com defla��o de 3,0% na ponta do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe). � a segunda semana de taxa negativa no crit�rio ponta, j� que em dezembro os pre�os do grupo j� mostraram queda de 0,2%, lembra o coordenador do �ndice, Guilherme Moreira.
Na primeira quadrissemana de janeiro, o IPC-Fipe subiu 0,78%, desacelerando em rela��o ao aumento de 0,94% observado em dezembro. O grupo Alimenta��o mostrou al�vio, de 2,96% para 2,47%, com decr�scimo nas taxas das carnes bovinas de 13,95% para 7,39%.
No crit�rio ponta, o IPC tamb�m mostra arrefecimento entre o fechamento de dezembro e a primeira medi��o de janeiro nos pre�os das carnes su�nas (de 13,0% para 3,0%) e nas de frango (de 7,0% para 1,0%). "Em breve esses itens tamb�m devem come�ar a devolver e essa defla��o que estamos vendo na ponta tende a aparecer tamb�m no �ndice como um todo", avalia Moreira.
Com isso, o economista espera ver uma desacelera��o do grupo Alimenta��o, que pode fechar janeiro com infla��o de 0,88% dos 2,97% de dezembro, segundo as proje��es da Fipe. Para o primeiro m�s do ano ante dezembro, a institui��o tamb�m v� arrefecimento nas taxas de Habita��o (0,23% para -0,30%), Despesas Pessoais (0,36% para -0,16%), e Vestu�rio (0,11% para 0,09%).
Por outro lado, a Fipe estima press�o sobre o IPC dos conjuntos de pre�os de Transportes (0,69% para 1,12%), Sa�de (-0,16% para 0,19%) e Educa��o (0,04% para 2,70%). Mesmo assim, todas as varia��es s�o "comportadas" para o que se esperaria no in�cio do ano, segundo Moreira. "Esses itens que normalmente s�o os vil�es n�o est�o pressionando tanto, principalmente porque o reajuste de �nibus e metr� n�o foi muito alto", pontua.
A Fipe reduziu as expectativas para a infla��o de janeiro, de 0,40% para 0,37%, e manteve a proje��o para o IPC fechado de 2019 em 3,55%. "No curto prazo, a �nica press�o mais inesperada que estamos vendo � uma alta nos embutidos, que ainda � reflexo do choque das carnes. No ano, o risco que vemos s�o os combust�veis, por causa dos pre�os do petr�leo e da taxa de c�mbio", afirma Moreira.
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