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Estado de Minas ECONOMIA

Ind�stria naval parou e demitiu 27 mil trabalhadores�


postado em 16/01/2020 12:05

Quando fechou e pediu recupera��o judicial no fim de 2015, o Estaleiro Ilha S.A. (Eisa) demitiu 3 mil funcion�rios. Rog�rio de Carvalho da Silva Sobrinho, hoje com 39 anos, trabalhava l� desde 2008. Foi demitido com a maioria dos colegas, em dezembro daquele ano. Em uma sexta-feira, j� de manh�, a "r�dio pe�o" anunciava o corte de pessoal. Na segunda-feira seguinte, alarmados, "os funcion�rios do dia pararam de trabalhar e foram tomar satisfa��o com as chefias", contou Carvalho.

A "satisfa��o" foi prestada com a confirma��o das demiss�es. Naquela mesma segunda-feira, centenas de funcion�rios seguiram em manifesta��o at� a via de acesso do aeroporto do Gale�o, como documentou o jornal O Estado de S�o Paulo. O estaleiro, ou o que restou dele, fica na Ilha do Governador, mesmo bairro da zona norte do Rio onde est� o terminal a�reo. Muitos trabalhadores ficaram sem receber seus direitos. Carvalho cobra R$ 95 mil do Eisa na Justi�a trabalhista.

"No estaleiro fiz muitos amigos. Ali praticamente comecei minha vida adulta profissional. Aprendi muita coisa, aprendi �tica profissional", disse.

Em 2014, o Eisa come�ou a ter problemas financeiros. Houve atrasos nos sal�rios, mas um empr�stimo de US$ 120 milh�es, em agosto daquele ano, garantiu alguma sobrevida. Com idas e vindas, a agonia prosseguiu por 2015, quando a economia j� afundava na recess�o. Foi quando o estaleiro entrou para a estat�stica de ind�strias fechadas no Brasil.

O caso da ind�stria naval fluminense chama aten��o para o recuo industrial brasileiro e suas consequ�ncias. No fim de 2014, o setor empregava 30 mil trabalhadores no Estado. Atualmente, s�o cerca de 3 mil.

Os 27 mil empregos perdidos se foram com estaleiros fechados ou quase parados, segundo Sergio Bacci, vice-presidente do Sinaval, entidade que representa a ind�stria naval. As unidades em funcionamento est�o sem obras, dedicadas ao estacionamento de embarca��es ou cuidam de pequenos reparos e manuten��o.

Onda.
Em crises como a que atinge a ind�stria brasileira h� muitas vers�es para o fechamento de f�bricas. H� companhias que, sem condi��es de manter uma ou todas as suas plantas quase paradas, optam por fech�-las de vez. H� os casos de fal�ncia definitiva, com capacidade produtiva e empregos destru�dos. Tamb�m fala-se em revis�es de estrat�gia.

As hist�rias se espalharam pelo Pa�s nos �ltimos anos. Entre 2016 e 2019, a fabricante de roupas catarinense Malwee fechou duas f�bricas. A maior delas em Blumenau (SC). A empresa demitiu cerca de 300 funcion�rios no fim de 2016. Em maio do ano passado, desativou a unidade de Pomerode (SC). Nesse caso, funcion�rios e atividades foram transferidos para a principal planta, em Jaragu� do Sul (SC). Ela receber� R$ 100 milh�es em investimentos.

"A unifica��o deve trazer ganhos de agilidade, efici�ncia operacional, sinergia e facilidade nas tomadas de decis�o", informou a Malwee, em nota.

No ano passado foi simb�lico o fechamento da f�brica da Ford no ABC paulista. Constru�da pela Willys em 1952, a f�brica passara � Ford em 1967. Quando a Ford anunciou o encerramento das atividades, em fevereiro de 2019, eram 2,8 mil funcion�rios. Parte aceitou um pacote de demiss�o volunt�ria (PDV). Restavam 650 empregados na linha de produ��o no momento da desativa��o, em outubro. Esses trabalhadores foram desligados em novembro. Um grupo da �rea administrativa foi transferido para um novo escrit�rio em S�o Paulo.

No Rio Grande do Sul, a fabricante de pneus Pirelli anunciou em maio o fechamento da unidade de Gravata�, dispensando 900 funcion�rios. "A produ��o dos pneus de moto da Pirelli, hoje realizada em Gravata� (RS), ser� transferida para Campinas (SP) at� a metade de 2021", diz nota enviada pela empresa. Em maio, a empresa anunciou que Campinas receberia investimento de 120 milh�es de euros com o objetivo de "melhorar a competitividade das f�bricas no Pa�s".

A Duratex, que fabrica de laminados de madeira (marca Durafloor) a lou�as e acabamentos para banheiro e cozinha (marca Deca), fechou uma f�brica em S�o Leopoldo (RS) em julho de 2019 e outra em Botucatu (SP) em setembro. No primeiro caso, o fechamento da f�brica da Deca foi "importante para a consolida��o industrial e para manter a competitividade no segmento", segundo a empresa.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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