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Estado de Minas ECONOMIA

Consumidor deve pagar a conta da alta da tabela do frete


postado em 18/01/2020 08:52

Representantes da ind�stria, do com�rcio e do agroneg�cio acreditam que o reajuste da tabela de frete em at� 15% determinado pela Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres, em vigor a partir de segunda-feira, ter� impacto imediato nos pre�os ao consumidor. Tamb�m se tornou obrigat�rio o pagamento de frete de retorno para opera��es em que o caminh�o volta vazio.

"O reajuste da tabela de frete deve ter reflexo imediato nos pre�os dos eletroeletr�nicos", afirma Jos� Jorge do Nascimento, presidente da Eletros, associa��o que re�ne a ind�stria do setor. Ele argumenta que no caso da varia��o cambial, que impacta o custo dos eletroeletr�nicos por conta do uso de componentes importados, � poss�vel postergar o aumento de pre�os trabalhando com os estoques remanescentes. Mas quando envolve frete, n�o tem sa�da.

Levantamento informal feito entre os associados da entidade mostra que o frete para os fabricantes de eletr�nicos subiu entre 180% e 200% desde o in�cio do tabelamento at� hoje, incluindo o reajuste de 15%.

O presidente da Eletros tamb�m questiona o porcentual de reajuste. "N�o sei de onde tiraram 15%: a infla��o est� abaixo de 5%, a taxa Selic tamb�m est� abaixo de 5%, o IGP-M um pouco acima de 5% e as margens de lucro do setor produtivo est�o longe de 10%."

Ele afirma ainda que "o governo do presidente Jair Bolsonaro, que veio com a proposta de ser mais liberal, manteve o tabelamento do frete".

Ronaldo dos Santos, presidente da Associa��o Paulista de Supermercados, tamb�m afirma ser contra o tabelamento de pre�os. Segundo ele, se o reajuste da tabela for efetivamente aplicado, acabar� sendo repassado para os pre�os nos supermercados.

O presidente da Associa��o dos Produtores de Soja do Mato Grosso, Antonio Galvan, tamb�m diz que o seu setor � totalmente contr�rio a qualquer tipo de tabelamento, inclusive do produto agr�cola. "Tabelamento do frete envolve custo para a sociedade de uma maneira geral que o mercado n�o suporta e esse aumento de custo vai estourar no consumidor n�o apenas no produtor rural", afirma.

Cabotagem

Galvan diz que o governo precisa mudar o modal de transporte e que n�o tem l�gica, no caso dos gr�os, o custo do frete representar de duas a tr�s vezes o valor da carga. A colheita da soja j� come�ou no Mato Grosso. Mas a maior parte da safra sai do campo e ser� escoada pelas rodovias at� os portos no m�s que vem.

Nascimento, da Eletros, observa que o aumento da tabela do frete rodovi�rio tem reflexo maior sobre as ind�strias localizadas no Nordeste e no Sul do Pa�s. No caso dos produtos fabricados na regi�o Norte, na Zona Franca de Manaus, eles s�o escoados em navios de cabotagem. "O temor � que o frete de cabotagem suba, como em 2018, com a maior demanda." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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