A Associa��o dos Engenheiros e T�cnicos do Sistema Eletrobras (Aesel) saiu em defesa da companhia, contestando afirma��es do secret�rio de Desestatiza��o do Minist�rio da Economia, Salim Mattar, e de outras autoridades anteriormente, de que a empresa est� endividada e precisa ser privatizada, sob risco do governo ter que injetar R$ 14 bilh�es por ano na companhia.
Em documento ao qual teve acesso o Broadcast, plataforma de not�cias em tempo real do Grupo Estado,a associa��o afirma que somente este ano a Eletrobras injetou R$ 700 milh�es no caixa do governo em forma de dividendos, e que nos �ltimos 11 anos foram depositados no Tesouro Nacional cerca de R$ 16 bilh�es.
"A Eletrobras n�o � uma empresa deficit�ria. Em 2018 registrou lucro recorde de R$ 13,3 bilh�es e at� o terceiro trimestre de 2019 j� tinha apresentado lucro l�quido de R$ 7,6 bilh�es", destaca o documento.
A Aesel contesta a tese de que a empresa n�o tem recursos para investir, lembrando que se n�o repassar todo o lucro para o governo, poderia participar de projetos como as outras empresas do setor, que al�m de fazerem parcerias para reduzir o risco e o montante a ser investido, geralmente utilizam apenas 30% de capital pr�prio e o restante � obtido por meio de financiamentos banc�rios, deb�ntures, e outros mecanismos de capta��o que s�o amortizados com o pr�prio empreendimento. Al�m disso, destaca a associa��o, a Eletrobras participa geralmente como minorit�ria nos projetos, o que reduz o custo.
"Nenhuma empresa do setor el�trico participa com 100% do investimento", destaca a Aesel.
O pr�prio presidente da empresa, Wilson Ferreira J�nior, anunciou no final do ano passado que a gera��o de caixa da estatal vai ultrapassar os R$ 10 bilh�es no final do exerc�cio. A rela��o d�vida l�quida sobre a gera��o de caixa, que mede a sa�de financeira de uma empresa, ficou em 1,8 no terceiro trimestre, superando a meta da companhia de ficar em 3 vezes.
Em pleno processo de privatiza��o, a Eletrobras reduziu seu quadro funcional de 26 mil para 12,5 mil empregados durante a gest�o de Ferreira, que entrou na companhia em julho de 2016.
"Se hoje a Eletrobras prefere repassar dividendos bilion�rios para os seus acionistas, entre eles a Uni�o, em detrimento de realizar investimentos, � uma op��o dos seus controladores, no caso, o governo. O governo � quem tem que decidir se quer os investimentos ou se quer os dividendos. S� n�o d� para maximizar os dividendos e reclamar da falta de investimentos. Isso � propagar desinforma��o, mentiras e incoer�ncia", afirma a nota da Aesel.
Procurada, a Eletrobras ainda n�o havia retornado at� a publica��o desta nota.
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