
Polo do agroneg�cio e dos servi�os de telecomunica��es, Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, se consolida tamb�m como refer�ncia no mundo das startups, empresas de base tecnol�gica com alto potencial de crescimento. O munic�pio, que � a segunda maior economia de Minas Gerais, s� perdendo para Belo Horizonte, apresentou crescimento elevado no setor durante o ano passado e garantiu a quarta posi��o no ranking das cidades do Sudeste com maior n�mero de startups ativas. S�o 104 empresas na cidade mineira, considerada uma das mais promissoras da regi�o, segundo a Associa��o Brasileira de Startups.
O mapa do Sudeste, ber�o das chamadas empresas unic�rnio (aquelas avaliadas em mais de US$ 1 bilh�o) foi divulgado neste m�s pela Abstartups. S�o Paulo ocupa a lideran�a, reunindo 2.196 empresas, 46% do total. Os 573 empreendimentos do Rio de Janeiro levaram a capital fluminense ao segundo lugar, com participa��o de 12%; seguida de Belo Horizonte, que tem 10% das empresas, universo de 477 startups. Campinas (SP), Uberl�ndia (MG) e S�o Jos� dos Campos (SP), todas com 2% das startups ativas, est�o empatadas em quarto lugar.
Outros tr�s munic�pios de Minas aparecem no mapeamento com empresas maduras: Juiz de Fora (65), na Zona da Mata Mineira; Uberaba (32), tamb�m no Tri�ngulo; e Santa Rita do Sapuca� (15), no Sul do estado. Em est�gio classificado como de amadurecimento de projetos, tamb�m figura no ranking o Vale do A�o mineiro, composto por cinco empreendimentos nas cidades de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Para�so e Tim�teo.
A mesma categoria incluiu, por fim, o munic�pio de Araguari, no Tri�ngulo, com duas startups.
Minas vem apresentando expans�o significativa no setor, com 700 startups distribu�das por todo o estado. Uberl�ndia se destaca no crit�rio das comunidades chamadas emergentes, que pressup�e recursos alocados nas cidades para estimular essas empresas e o in�cio de um grupo de startups. Nesse conceito, a cidade do Tri�ngulo Mineiro � a mais representativa em n�mero de startups.
Empresa em crescimento
Com tr�s anos de atua��o, a startup Aterra � um dos empreendimentos que experimentam farto crescimento em Belo Horizonte. Sa�da de uma incubadora, a empresa desenvolve estrat�gias para os processos de gest�o e destina��o de res�duos com capacidade para diminuir custos e aumentar receitas, atendendo a uma gama de segmentos, como aliment�cio, metalurgia, automobil�stico e constru��o civil.
O presidente-executivo da Aterra, Fernando Andrade, conta que o faturamento cresceu 74% no ano passado frente a 2018. “As startups atuam nas dores do mercado, sejam elas latentes ou latejantes, apresentando solu��es escal�veis, com baixo custo (se comparado �s empresas tradicionais) e retorno r�pido. Essa configura��o cai como uma luva em Minas Gerais, um dos mercados mais importantes do Brasil, al�m de uma f�brica de boas startups”, diz. A empresa foi criada por Fernando e os s�cios Bruno Arcieri e Leonardo Pereira.
Apoio oficial
De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econ�mico de Minas, o estado tem 25 incubadoras associadas � Rede Mineira de Inova��o e mais de 154 empresas j� foram incubadas em todo o estado. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) disp�e de um hub multisetorial, que apoia startups, as quais utilizam tecnologia de forma intensiva e inovadora.
Batizado de Hubble, o centro de inova��o montado pelo banco e que o caracteriza como incubadora oferece suporte para o desenvolvimento de ideias que v�o se transformar em projetos de empresas. O espa�o iniciou suas atividades em janeiro de 2019, abrigando 15 startups, a maioria do setor financeiro (fintechs).
A incubadora tem dura��o m�dia de seis meses. No primeiro ciclo, as empresas integrantes conquistaram 120 novos contratos, geraram 60 empregos e tiveram, no total, crescimento de 79,6% no faturamento, segundo o BDMG. O ciclo atual conta com a participa��o de 13 startups, em sua maioria, tamb�m do setor financeiro.
Para selecionar as empresas componentes, os crit�rios utilizados foram: grau de inova��o; est�gio de desenvolvimento; for�a de equipe; potencial de mercado; modelo de marketing e vendas; disponibilidade de pessoas e financeira; al�m de sinergia com as empresas parceiras.
Para selecionar as empresas componentes, os crit�rios utilizados foram: grau de inova��o; est�gio de desenvolvimento; for�a de equipe; potencial de mercado; modelo de marketing e vendas; disponibilidade de pessoas e financeira; al�m de sinergia com as empresas parceiras.
“O Hubble segue a estrat�gia do BDMG de fortalecer a intera��o com o ambiente de inova��o em Minas, promovendo o compartilhamento de ideias e de experi�ncias para atender �s demandas do mercado”, explica S�rgio Gusm�o, presidente do BDMG.
Atividades
Ainda segundo o mapeamento da Abstartups, a principal atividade desenvolvida no estado mineiro � a de Saas, oferta de servi�os de acesso, suporte e manuten��o por meio da internet em softwares, cobrando assinaturas mensais de seus contratantes. No Sudeste, ela tamb�m predomina (40%), seguida por outras pr�ticas como marketplace (21%), com�rcio eletr�nico (7%), hardware (3%), licenciamento (2%), e venda de dados (2%).
Outra iniciativa criada em BH para estimular as startups � o P7 Criativo, idealizado em 2016 como associa��o sem fins lucrativos. A inciativa resultou da parceria da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Servi�o de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Funda��o Jo�o Pinheiro e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econ�mico, Ci�ncia, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes).
O objetivo � formar uma comunidade ativa de startups, empresas, empreendedores e profissionais de vastas �reas: audiovisual, comunica��o, software e tecnologia de informa��o, moda, design, arquitetura, games, m�sica, pesquisa e desenvolvimento, arte, cultura e gastronomia.
* Estagi�rio sob a supervis�o da subeditora Marta Vieira