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Estado de Minas ECONOMIA

Em meio a crise e brigas internas, Grow retira patinetes de 14 cidades do Pa�s


postado em 23/01/2020 07:07

Criada h� um ano, a partir da fus�o da mexicana Grin com a brasileira Yellow, a startup de mobilidade Grow nasceu j� com a expectativa de se tornar rapidamente um "unic�rnio" - como s�o conhecidas as empresas de tecnologia avaliadas em pelo menos US$ 1 bilh�o. Mas a ambi��o n�o se concretizou. A empresa de aluguel de bicicletas e patinetes sofreu nos �ltimos meses com falta de capital, disputas de poder, quest�es regulat�rias e o alto custo das viagens em patinetes, apurou o jornal O Estado de S�o Paulo. Esses fatores levaram o neg�cio a n�o cumprir a promessa de revolucionar o transporte urbano. Para sobreviver, agora a Grow ir� no caminho contr�rio a que as startups est�o acostumadas: dar� uma freada brusca na opera��o.

Nessa quarta-feira, 22, a startup come�ou a recolher seus patinetes em 14 cidades do Pa�s - agora, vai passar a operar s� em S�o Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. J� o compartilhamento de bicicletas ser� interrompido em todo o Pa�s, para "checagem das condi��es de opera��o e seguran�a". Em nota, a Grow confirmou que far� demiss�es, embora tenha negado a revelar o n�mero ao jornal O Estado de S�o Paulo, citando "raz�es estrat�gicas". O an�ncio do freio nas opera��es da Grow � o segundo baque no mercado de micromobilidade no Brasil - h� duas semanas, a americana Lime deixou de oferecer patinetes na Am�rica Latina.

Trope�os.
Segundo pessoas pr�ximas � Grow, a falta de capital afetou a sa�de da empresa. Em 2019, havia expectativa de uma nova rodada de aportes - em abril, o jornal O Estado de S�o Paulo chegou a noticiar que a startup negociava investimentos de US$ 150 milh�es liderados pelo grupo japon�s SoftBank. A negocia��o n�o foi adiante, e a Grow ficou com o caixa prejudicado. Procurado, o SoftBank n�o comentou.

Pesou tamb�m a divis�o entre os s�cios brasileiros e mexicanos: desde o in�cio, a Grin apostava nos patinetes. J� a Yellow via as bicicletas, de pre�os mais acess�veis, como porta de entrada de novos usu�rios. Havia uma quest�o estrat�gica: cofundador da Yellow, Eduardo Musa, foi presidente da Caloi. Os outros dois cofundadores da brasileira, Renato Freitas e Ariel Lambrecht, tamb�m fundaram a 99, primeira startup brasileira a se tornar unic�rnio.

A queda de bra�o entre brasileiros e mexicanos foi vencida pela ala da Grin, com maior poder no conselho de administra��o ap�s a fus�o. Essas disputas internas teriam prejudicado o foco no neg�cio e levado Lambrecht a se afastar do dia a dia da empresa. A assessoria de imprensa da Grow disse que o executivo � apenas "fundador e acionista" da companhia.

Assim, toda a ala da Yellow deixou a opera��o - Freitas e Musa j� n�o s�o s�cios da empresa desde 2019. Em nota, a startup afirmou que a reestrutura��o "n�o se baseou em quest�es de lideran�a."

Dificuldades.
Segundo fontes, houve tamb�m v�rios erros operacionais. O custo das corridas em patinetes - de R$ 8 para cada dez minutos - seria considerado alto pelos clientes. A expans�o acelerada, de 4 para 17 munic�pios em apenas um ano, tamb�m n�o teria levado em considera��o as particularidades de cada local. A falta de resist�ncia e a dif�cil manuten��o dos patinetes e das bicicletas, que t�m muitas pe�as importadas, agravaram a situa��o.

Aposta para reduzir problemas e baratear a opera��o, a f�brica de bicicletas e patinetes na Zona Franca de Manaus n�o saiu do papel - o plano era entregar as primeiras unidades ainda no in�cio de 2020. Questionada, a Grow disse que ainda avalia como seguir� com o projeto.

Por fim, a falta de regulamenta��o sobre o uso de patinetes e a falta de di�logo entre autoridades e startups levou � apreens�o de patinetes na capital paulista, em julho.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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