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Estado de Minas MERCADO

Fus�es e aquisi��es podem ter novo recorde em 2020

Levantamento da PwC obtido com exclusividade mostra que 2019 apresentou o maior n�mero de neg�cios desde o in�cio da s�rie hist�rica


postado em 24/01/2020 04:00

(foto: gerd Altmann/ Pixabay )
(foto: gerd Altmann/ Pixabay )




S�o Paulo – A expectativa de que as reformas continuem na pauta do governo, que a taxa b�sica de juros se mantenha em baixa e o in�cio do programa de privatiza��es dever�o ser os principais alavancadores do movimento de fus�es e aquisi��es no Brasil em 2020, com reflexos tamb�m em 2021.

A an�lise � de Leonardo Dell'Oso, s�cio da PwC, que acaba de concluir o levantamento do n�mero de fus�es e aquisi��es no Brasil em 2019. De acordo com o estudo, obtido com exclusividade pelos DI�RIOS ASSOCIADOS, foram realizadas 912 transa��es. Com esse volume de neg�cios, o pa�s chegou ao recorde hist�rico desde que a compila��o come�ou a ser feita, a partir de 1991.

At� ent�o, o maior n�mero de contratos assinados havia sido registrado em 2014, com um total de 879 transa��es. A soma de 2019 � 14% maior do que a m�dia dos melhores anos (803 transa��es de 2010 a 2015) e, segundo a consultoria, 39% acima do volume de transa��es de 2018 (658).

O �ltimo m�s de 2019 foi o destaque no levantamento. S� em dezembro, o Brasil alcan�ou 114 transa��es, alta de 97% na compara��o com o desempenho registrado no mesmo m�s de 2018 (58 neg�cios). Esse n�mero, segundo Dell'Oso, tamb�m reforma a tese de que 2020 ser� um ano ainda melhor para as fus�es e aquisi��es.

Para o executivo, o aumento das fus�es e aquisi��es n�o tem a ver com uma poss�vel deprecia��o dos pre�os dos ativos, resultado de anos de recess�o e, mais recentemente, de baixo crescimento. “N�o est�vamos t�o na bacia das almas assim. Investimentos em M&A (na sigla em ingl�s) s�o de m�dio e longo prazo. Quem compra � para ficar no neg�cio por alguns anos ou para sempre. O que influenciou foi a potencial expectativa econ�mica do pa�s”, detalha.

Um tema importante para impulsionar o �nimo dos investidores em 2019 foi a Reforma da Previd�ncia. Ap�s a reforma, segundo o levantamento da PwC, o n�mero de transa��es se intensificou. Al�m disso, tamb�m tem influenciado no humor de quem busca por fus�es e aquisi��es no Brasil o tema das privatiza��es, a Lei da Liberdade Econ�mica e a expectativa da aprova��o da Reforma Administrativa, que ter� impacto direto nas contas da Uni�o.

“Esses fatos mostram que o Brasil est� no caminho certo para o crescimento econ�mico, que levar� a maiores ganhos, a gera��o de mais emprego e a juros menores. Tudo isso, se confirmado, levaria a uma rota de crescimento duradouro. O mundo est� olhando para o Brasil”, garante o s�cio da PwC.

Al�m desses fatores apontados por Dell’Oso, tamb�m influenciam o ambiente para fus�es e aquisi��es o comportamento do mercado global. Com a expectativa de crescimento menor para grandes economias, como a dos Estados Unidos e da China, os investimentos tendem a migrar para mercados que pare�am ser mais promissores. Outro fator que pesa na decis�o de buscar oportunidades em M&A � o c�mbio, desfavor�vel ao real, o que torna os ativos brasileiros mais atraentes.

Dados divulgados na segunda-feira (20) pela Confer�ncia das Na��es Unidas para o Com�rcio e Desenvolvimento (Unctad) confirmam que o Brasil, de fato, est� no radar de quem procura investir, seja no mercado financeiro ou em ativos.

O pa�s subiu da sexta para a quarta posi��o entre os principais destinos de investimentos estrangeiros no mundo em 2019 e foi destino de US$ 75 bilh�es em recursos externos, contra US$ 60 bilh�es em 2018. Parte do desempenho tem a ver com os primeiros movimentos do atual governo para tirar o programa de privatiza��o de empresas federais do papel.

Mas o que pode levar o Brasil a repetir em 2020 o desempenho de 2019 e ainda conseguir um incremento ainda mais intenso? Para o s�cio da PwC, al�m das proje��es feitas para o mercado interno, devem influenciar o arrefecimento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a solu��o para o Brexit e a evolu��o do acordo comercial entre Uni�o Europeia e Mercosul. Dell’Oso destaca ainda o pacote de privatiza��es prometidos pelo governo para este ano. A estimativa do executivo � que as fus�es e aquisi��es anunciadas no pa�s, neste ano, passem pela primeira vez de 1.000.

A desacelera��o chinesa, na opini�o do especialista, tamb�m deve ajudar a trazer dinheiro para fus�es e aquisi��es no Brasil. Isso porque a leve retra��o no pa�s asi�tico pode levar os investidores a buscarem outras fontes de ganho. Uma das �reas que deve atrair mais, segundo Dell'Oso, � a de infraestrutura.

Com esse clima favor�vel a M&A, Dell’Oso avalia que haver� um grande n�mero de consolida��es de neg�cios com o objetivo de estarem preparados para o esperado crescimento econ�mico do pa�s. Um dos setores que deve continuar a se beneficiar com esses neg�cios � o de tecnologia (TI). Foi, de acordo com o executivo, o que mais cresceu em fus�es e aquisi��es nos �ltimos cinco anos. S� em 2019 o aumento de neg�cios foi de 84%.

Parte desse movimento aconteceu gra�as aos neg�cios envolvendo startups, em particular aquelas que atuam no setor financeiro, as fintechs. Foram casos n�o apenas de empresas de tecnologia em busca de consolida��o por meio de aquisi��es, mas tamb�m para adquirir um determinado conhecimento que pode ser vantajoso no neg�cio.

� o que explica, por exemplo, o neg�cio anunciado nesta semana entre o iFood e a empresa mineira Hekima, de intelig�ncia artificial. Com a compra, a companhia visa trazer para dentro de seu neg�cio os profissionais com perfil muito especializado e escassos no mercado.

Tamb�m influencia na decis�o de compra ou uni�o de plataformas a estrat�gia para alcan�ar novos mercados. Essa ainda vai ser uma das molas que vai puxar o crescimento em 2020, segundo o s�cio da PwC.



Tecnologia � o destaque

O setor de internet liderou o mercado de fusões e aquisições em 2019. Foram 293 operações no ano passado (foto: FancyCrave1/Pixabay)
O setor de internet liderou o mercado de fus�es e aquisi��es em 2019. Foram 293 opera��es no ano passado (foto: FancyCrave1/Pixabay)


A consultoria KPMG tamb�m divulgou na �ltima semana seu levantamento sobre fus�es e aquisi��es. O n�mero � maior do que o aferido pela PwC: 1.231 transa��es. O n�mero aponta para um crescimento de 27,3% em compara��o com 2018.

Os neg�cios dom�sticos tiveram o maior impacto nesse crescimento. Foram 782 em 2019, contra 550 em 2018, alta de 42,2%. J� as aquisi��es por empresas estrangeiras aumentaram 19%, chegando a 374 transa��es.

Assim como apontado pelo s�cio da PwC, o s�cio-l�der da da �rea de Fus�es e Aquisi��es da KPMG no Brasil, Lu�s Motta, destaca o desempenho do setor de inova��o e tecnologia. Para o executivo, os n�meros mostram que o Brasil passou a ter ainda mais relev�ncia para os investidores estrangeiros, animados com a melhora gradativa da economia local.

De acordo com os dados da KPMG, o setor de empresas de internet liderou os neg�cios de M&A, passando de 169 opera��es em 2018 para 293 no ano passado. Na sequ�ncia est�o os setores de tecnologia da informa��o (158), hospitais e laborat�rios de an�lises cl�nicas (87), segmento imobili�rio (77), outros setores (72), alimentos, bebidas e fumo (52) e companhias de energia (51).

As regi�es que concentraram mais fus�es e aquisi��es foram Sudeste e Sul, com destaque, segundo o relat�rio, para os seguintes estados: S�o Paulo (750), Rio de Janeiro (119), Paran� (73), Minas Gerais (60), Rio Grande do Sul (53) e Santa Catarina (44).
 





Apesar do otimismo, a corrup��o reina


Apesar da melhora do humor dos investidores em rela��o ao Brasil, a corrup��o continua a ser um problema. Divulgado na quinta-feira pela Transpar�ncia Internacional, o relat�rio �ndice de Percep��o da Corrup��o (IPC) coloca o Brasil na 106ª posi��o entre 180 na��es avaliadas. Com o resultado, o pa�s voltou a ter sua pior nota no estudo, com 35 pontos.

A posi��o atual – a primeira medi��o no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) – � ligeiramente inferior � registrada em 2018, quando o Brasil ficou com a 105ª coloca��o, num total de 36 pontos. Em 2017, segundo o levantamento, sua posi��o foi a de n�mero 96.

O IPC � calculado com base nos n�veis de corrup��o percebidos por especialistas e empres�rios do setor p�blico. Por esse crit�rio, quanto menor a nota, maior � a percep��o de corrup��o no pa�s. Os primeiros colocados (Dinamarca, Nova Zel�ndia e Finl�ndia) obtiveram notas pr�ximas de 100.

O relat�rio da Transpar�ncia Internacional identificou como entraves ao combate � corrup��o no Brasil o que foi classificado como “interfer�ncia pol�tica” de Bolsonaro em �rg�os de controle, al�m da paralisa��o de investiga��es que se abasteciam de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 
 


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