O colegiado da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) absolveu um grupo de 13 ex-administradores da Forjas Taurus acusados de irregularidades na celebra��o e monitoramento de contratos de m�tuo com a Wotan M�quinas. Desde 2004, o parque industrial da empresa estava arrendado por uma controlada da fabricante de armas de fogo com o objetivo de desenvolver seu segmento de m�quinas.
O processo foi aberto em 2014 pela CVM a partir de den�ncia do ent�o conselheiro da companhia, Manuel Jeremias Leite Caldas, de que a Taurus M�quinas fez um empr�stimo para a Wotan em 2004, ap�s o arrendamento, sem obter remunera��o adequada pela opera��o.
A �rea t�cnica da CVM concluiu que as opera��es de m�tuo foram realizadas com encargos financeiros inferiores aos praticados no mercado e que, a partir de janeiro de 2011, deixaram de ser periodicamente calculados e cobrados.
Apesar das acusa��es, o diretor Gustavo Gonzalez, relator do caso, considerou em seu voto que os empr�stimos feitos pela diretoria n�o podiam ser vistos de maneira isolada, como uma liberalidade ou desvio de caixa. Isso porque diante da situa��o financeira delicada da Wotan, os m�tuos eram fundamentais para o desenvolvimento das atividades do Segmento M�quinas da Taurus. A eventual quebra da Wotan traria efeitos negativos para a companhia, por isso o financiamento era justificado.
Em rela��o ao conselho de administra��o, Gonzalez destacou que n�o houve um sinal de alerta que justificasse um monitoramento mais intensivo com rela��o �s condi��es e ao acompanhamento dos m�tuos.
"� razo�vel que o conselho de administra��o, a quem compete 'fixar a orienta��o geral dos neg�cios da companhia', encarasse os empr�stimos para a Wotan dentro de um contexto maior: a viabilidade do Segmento M�quinas e a prote��o da companhia quanto a riscos de sucess�o em caso de fal�ncia da Wotan", disse em seu voto, acompanhado pelos demais diretores do colegiado.
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