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Estado de Minas ECONOMIA

Ociosidade pode continuar produzindo infla��o abaixo do esperado, diz BC na ata


postado em 11/02/2020 13:19

Ap�s cortar a Selic (a taxa b�sica da economia) de 4,50% para 4,25% ao ano e comunicar a interrup��o do ciclo de redu��o nos juros, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central manteve seu cen�rio b�sico com fatores de risco para infla��o em ambas as dire��es. Na ata do encontro do Copom da semana passada, divulgada nesta ter�a-feira, 11, o BC manteve, de um lado, a avalia��o de que o n�vel ainda elevado de ociosidade na economia pode continuar produzindo uma trajet�ria de infla��o abaixo da esperada.

Por outro lado, o BC pontuou que o atual grau de est�mulo - com a taxa Selic no menor n�vel da hist�ria - pode acabar elevando a infla��o para acima do esperado no horizonte relevante da pol�tica monet�ria. O Copom lembra que os cortes na taxa b�sica de juros atuam com defasagens sobre a economia.

O BC aponta ainda que, dado o atual n�vel da Selic, o risco de uma infla��o maior que a esperada se intensifica caso as transforma��es na intermedia��o financeira e no mercado de cr�dito e capitais aumentem a pot�ncia da pol�tica monet�ria.

O risco de infla��o mais alta tamb�m fica maior em caso de deteriora��o do cen�rio externo para as economias emergentes ou em caso de frustra��o sobre a continuidade das reformas na economia brasileira.

'M�ltiplas incertezas'

O Banco Central avaliou na ata que existem "m�ltiplas incertezas no que tange ao atual grau de ociosidade, � velocidade de recupera��o da economia e ao aumento da pot�ncia da pol�tica monet�ria, que atua com defasagens na economia". Em fun��o disso, conforme o BC, "� importante observar os efeitos do ciclo de est�mulo monet�rio iniciado em 2019".

Na semana passada, o Copom promoveu o quinto corte consecutivo da taxa Selic. Em suas comunica��es, incluindo a ata desta ter�a, o BC vem sinalizando que n�o pretende promover novo corte no encontro de mar�o do colegiado, por conta das redu��es j� promovidas e dos efeitos defasados do ciclo.

"O Comit� avalia que uma melhor compreens�o desses efeitos � essencial para definir os pr�ximos passos da pol�tica monet�ria", citou o BC na ata.

Infla��o subjacente

No documento divulgado nesta ter�a, o BC tamb�m repetiu a ideia de que as "diversas medidas de infla��o subjacente encontram-se em n�veis compat�veis com o cumprimento da meta para a infla��o no horizonte relevante para a pol�tica monet�ria". Esta avalia��o j� constou no comunicado do Copom, divulgado na quarta-feira passada.

'Dicotomia'

Os membros do Copom ainda avaliaram na ata que h� uma "dicotomia" entre a evolu��o do mercado de trabalho e o crescimento da produ��o de bens e servi�os no Pa�s. "Enquanto o mercado de trabalho segue em recupera��o gradual, os dados recentes de produ��o industrial e os indicadores preliminares de investimento tiveram desempenho abaixo do esperado", destacou o Copom.

Por isso, o documento relata que alguns membros do colegiado avaliaram que o esgotamento do modelo de aloca��o centralizada de capital e a longa dura��o da recess�o podem ter produzido restri��es de oferta.

"Nesse sentido, a dicotomia dos �ltimos dados sugere que pode haver menos espa�o de ociosidade do que o mensurado por m�todos tradicionais", acrescentou a ata.

Ainda assim, o BC repete a avalia��o de que os dados de atividade econ�mica indicam a continuidade do processo de recupera��o gradual da economia brasileira.


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