Guedes diz que d�lar alto � bom: 'empregada estava indo para Disney, uma festa danada'

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quarta-feira o atual patamar da taxa de c�mbio e afirmou que "n�o tem neg�cio de c�mbio a R$ 1,80", o que estaria desincentivando at� mesmo o turismo interno. "Todo mundo indo pra Disneyl�ndia. Empregada dom�stica indo pra Disneyl�ndia. Uma festa danada. Pera�. Vai passear ali em Foz de Igua�u, vai passear ali no Nordeste, cheio de praia bonita. Vai pra Cachoeiro de Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu. Vai passear no Brasil, vai conhecer o Brasil, que t� cheio de coisa bonita pra ver", afirmou Guedes, em palestra no evento realizado em Bras�lia no final da tarde desta quarta-feira, 12.

 

O ministro, que recentemente se envolveu em pol�mica ao comparar a categoria de servidores a "parasitas", tentou depois minimizar a afirma��o, dizendo que o c�mbio mais baixo estaria permitindo todo mundo ir para a Disney, at� as classes mais baixas. "Todo mundo tem que ir para Disneyl�ndia conhecer Walt Disney. Mas n�o ir tr�s, quatro vezes ao ano, at� porque o d�lar a R$ 1,80, tinha gente indo quatro vezes ao ano. Vai aqui para Foz do Igua�u, Chapada da Diamantina, conhece um pouco do Brasil, conhece a selva amaz�nica e, da quarta vez, conhece a Disneyl�ndia. Ent�o, � s� isso que digo. Mudamos o mix", tentou corrigir.

Na avalia��o do ministro, uma taxa de c�mbio mais alta � "boa para todo mundo". Ele mais uma vez citou a mudan�a de mix entre c�mbio e juros no Pa�s. "� melhor termos juros a 4% e c�mbio a R$ 4,00, do que c�mbio a R$ 1,80 e juros de 14%, nas alturas", repetiu. "O c�mbio n�o est� nervoso, mudou para R$ 4,00. O modelo n�o � juro na lua e c�mbio baixo, desindustrializando o Brasil", acrescentou.

 

Segundo dados da PNAD Cont�nua do IBGE, o Pa�s tinha at� novembro de 2019 6,356 milh�es de trabalhadores dom�sticos. O rendimento m�dio mensal da categoria era de R$ 897,00 no mesmo per�odo, cerca de US$ 206,00 pelo fechamento da moeda norte-americana nesta quarta-feira.

O ministro Paulo Guedes disse acreditar que em um ano e meio o custo da energia deve cair 40%. Para isso, o ministro destacou a quebra do monop�lio na explora��o e na distribui��o do g�s. 

 

"Tinha um monop�lio de fato da Petrobras na explora��o de g�s, e um monop�lio de fato de governos estaduais na distribui��o do g�s. Ent�o estamos quebrando esse duplo monop�lio. A� a energia a gente acha que pode cair 30%, 40% em mais um ano e meio. Eu acho que vai cair 40%", disse o ministro, que encerrou h� pouco palestra em evento realizado pelo Grupo Voto em Bras�lia. 

 

A quebra do monop�lio junto a um c�mbio "barato" e a uma redu��o de impostos para as empresas tornar�o o Brasil "interessante" para ser reindustrializado, na vis�o do ministro. Ao citar a carga tribut�ria, Guedes voltou a falar sobre a necessidade de se taxar os dividendos recebidos pelos s�cios nas empresas como forma de compensar a redu��o dos impostos para as firmas. "Como o trabalhador paga 27,5% de imposto e dividendo paga zero?", disse. 

 

Ainda sobre projetos da �rea econ�mica, Guedes comentou que o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve "ativar" a pauta que trata da autonomia do Banco Central nas pr�ximas duas ou tr�s semanas. O PL sobre o tema aguarda vota��o pelos deputados. "O Brasil j� pratica a estabilidade monet�ria mesmo antes da lei da autonomia do BC", disse.