Pico de carteira do final de 2019 ficou concentrado especialmente em SP, diz IBGE

A melhora na gera��o de vagas com carteira assinada no Pa�s ficou concentrada em poucos locais, especialmente em S�o Paulo, sinalizando que a melhora no mercado de trabalho ainda n�o � disseminada, avaliou Adriana Beringuy, analista da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

"O pico de carteira que a gente teve no final do ano n�o foi algo disseminado pelo Pa�s", resumiu Adriana. "O leve aumento da carteira no quarto trimestre n�o foi difundido, ficou concentrado em quatro Estados, principalmente em S�o Paulo."

Na passagem do terceiro trimestre de 2019 para o quarto trimestre do ano, foram abertas 593 mil vagas com carteira assinada no setor privado, sendo mais da metade delas em S�o Paulo, 324 mil postos formais no Estado.

Em todo o Pa�s, apenas quatro Estados tiveram avan�o significativo na carteira assinada no per�odo: S�o Paulo, Rond�nia, Para�ba e Sergipe.

O Estado de S�o Paulo abriu 473 mil vagas formais em rela��o ao quarto trimestre de 2018. "Olhando para o quadro sint�tico de S�o Paulo, a gente n�o v� nenhuma atividade se destacando. Tudo indica que foi uma soma de pequenas rea��es setoriais. N�o foi a ind�stria que reagiu em S�o Paulo e come�ou a contratar com carteira na regi�o. N�o parece ser isso."

No quarto trimestre, a maior propor��o de trabalhadores com carteira assinada no setor privado estava em Santa Catarina (87,7%), seguido por Paran� (81,2%) e Rio Grande do Sul (80,7%). A menor propor��o de formais era a do Maranh�o (47,6%), seguido por Piau� (52,5%) e Par� (52,6%).

No sentido oposto, o maior porcentual de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado estava no Maranh�o (52,4%), �nica Unidade da Federa��o em que essa fatia superou a metade do total dos empregados no setor privado.

"O ano de 2019 � importante, porque � o terceiro ano seguido com aumento na ocupa��o. Mas outros indicadores mostram que a qualidade desse trabalho que est� sendo gerado ainda carece de uma melhora", lembrou Adriana Beringuy.