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Estado de Minas ECONOMIA

Mercado questiona governo por causa de indefini��es na agenda econ�mica


postado em 20/02/2020 12:01

Depois de mostrar confian�a na trajet�ria de ajuste das contas p�blicas, os investidores voltaram a bater na porta da equipe econ�mica para pedir esclarecimentos sobre os rumos da pol�tica fiscal, trazendo d�vidas que j� estavam fora do radar. A busca por informa��es cresceu nas �ltimas semanas diante dos sobressaltos na articula��o do governo com o Congresso.

Os solavancos entre o presidente Jair Bolsonaro e os parlamentares j� neste in�cio dos trabalhos do Congresso tornaram incerto o cen�rio das reformas nos pr�ximos meses. Temas que pareciam estar na dire��o correta, na avalia��o do mercado, como o controle do teto de gastos e a gest�o or�ament�ria, voltaram a receber aten��o. H� temor de retrocesso no ajuste fiscal.

Investidores estrangeiros j� avisaram o ministro da Economia, Paulo Guedes, que t�m interesse em colocar dinheiro no Brasil, mas cobram avan�os s�lidos nos marcos legais. Um ponto de inc�gnita � a reforma tribut�ria. Ningu�m quer trazer recursos para o Brasil "no escuro", sem saber ao certo como ficar�o as regras sobre impostos.

Relatos obtidos pela reportagem sobre as conversas entre investidores e integrantes da equipe econ�mica mostram que h� a percep��o de que o governo tem patinado na articula��o pol�tica, o que vem causando v�cuos em negocia��es que podem custar caro mais para frente.

Al�m do atraso nas reformas, o sinal mais recente de alerta, segundo uma fonte do time de Guedes, foi a apresenta��o, na ter�a-feira, 18, do parecer � Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que prorroga a vig�ncia do Fundeb, o fundo que banca o desenvolvimento da educa��o b�sica. O texto prev� a amplia��o de gastos em R$ 79,7 bilh�es nos pr�ximos anos. Tudo fora do teto de gastos. S� em 2021 chegaria a R$ 8,3 bilh�es.

A articula��o pol�tica do governo passou ao largo da negocia��o no Congresso para a PEC do Fundeb, o que deixou a equipe econ�mica irritada, tendo de dar explica��es sobre o impacto da medida. A pergunta mais frequente � como o governo vai conter as press�es por mudan�as na agenda do Congresso - onde est�o tr�s PECs fiscais - se n�o consegue nem sequer participar das negocia��es de um tema pontual, como o Fundeb.

Um integrante da equipe admitiu que a desconfian�a voltou e que o mercado est� "superatento", o que inclui tamb�m detalhes sobre as mudan�as na meta fiscal deste ano, o acordo do Or�amento impositivo e a capitaliza��o na Emgepron (estatal da Marinha).

Presidente do Insper, o economista Marcos Lisboa avalia que, para piorar o cen�rio, come�aram a sair medidas para "bypassar" o teto de gastos. "Como as despesas obrigat�rias est�o consumindo todos os recursos e as reformas foram modestas at� agora, s� teve a Previd�ncia relevante, o governo est� tendo problemas", diz.

Segundo ele, � nesse quadro que aparecem "ideias criativas". "Est� todo mundo querendo furar o barco", ressalta o economista.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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