A equipe econ�mica j� come�a a ver riscos de n�o avan�arem rapidamente, neste primeiro semestre, as tr�s pautas que eram dadas como certas para aprova��o pelo Congresso: o projeto de autonomia do Banco Central e as Propostas de Emenda � Constitui��o (PECs) Emergencial e dos fundos p�blicos.
O acirramento dos �nimos com o Parlamento, depois que o presidente Jair Bolsonaro disparou de seu celular um v�deo convocando apoiadores a irem �s ruas para defend�-lo contra o Congresso, como revelou o jornal O Estado de S�o Paulo, colocou a pauta em suspense e ampliou as incertezas da agenda econ�mica. O ministro da Economia, Paulo Guedes, � o mais cobrado pelas lideran�as partid�rias da C�mara e do Senado, que o acusam de ter descumprido o acordo do Or�amento impositivo, que amplia poderes dos parlamentares na destina��o dos recursos para programas e a��es do governo. Nos bastidores, l�deres reclamam de fragilidades da equipe de Guedes nas negocia��es. A impaci�ncia do Parlamento com Guedes foi exposta pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que reclamou do ministro da Economia ao pr�prio Bolsonaro.
Por outro lado, na �rea econ�mica, h� receio que o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), n�o consiga mais segurar a vota��o das pautas-bomba (projetos com alto impacto nas despesas p�blicas), como fez at� agora. S�o pautas populares, que obrigariam o presidente a vet�-las pelo custo fiscal. A mais preocupante � a que reformula a pol�tica do sal�rio m�nimo. Emenda j� apresentada � Medida Provis�ria 919, que fixa o sal�rio m�nimo em R$ 1.045,00, pode ter impacto j� em 2020.
'Dono da pauta'.
Mesmo Maia sendo "dono" da pauta de vota��o, a C�mara j� se movimenta por conta de sua sucess�o, o que pode enfraquecer o apoio ao presidente da Casa. A disputa pelas comiss�es tamb�m atrapalha as negocia��es.
A interlocutores, Maia garante que n�o tem interesse em pautas-bomba, porque quer manter a bandeira de um Congresso que preza pelo equil�brio fiscal.
A avalia��o � de que n�o � hora de o Congresso "riscar o f�sforo", mas de calibrar a resposta � investida do governo contra os parlamentares. Para as lideran�as, o problema na condu��o da agenda econ�mica est� na rela��o entre a equipe de Guedes com o pr�prio governo, que "precisa se acertar com as tend�ncias populistas do governo, como quando Bolsonaro decide intervir na economia", diz o l�der do Cidadania na C�mara, Arnaldo Jardim (SP).
Para o l�der do DEM na C�mara, Efraim Filho (PB), a rela��o com Guedes j� foi melhor. "A equipe econ�mica chegou a ser a grande avalista da agenda do governo na C�mara. Atualmente, atritos reduziram essa sintonia, como o aguardo pelas propostas tribut�ria e administrativa que n�o chegaram at� o momento."
Rodrigo Maia foi cauteloso. Pelo Twitter, defendeu o di�logo em nome da democracia. Na equipe econ�mica, o discurso � de busca do entendimento com o Congresso. A �rea econ�mica teme ainda que o Parlamento seja duro na vota��o do projeto que altera a Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) e n�o d� flexibilidade necess�ria para a gest�o or�ament�ria em 2020.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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