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Estado de Minas �GUA E ENERGIA

Lago de Tr�s Marias tem n�vel mais alto em 8 anos

Chuvas levaram � recupera��o do armazenamento num dos principais reservat�rios da Bacia do Rio S�o Francisco, em Minas, que alcan�a 88,6%. Contas de mar�o continuam sem adicional


postado em 29/02/2020 04:00


A vista da represa de Três Marias em dois momentos importantes para a acumulação de água, nos níveis de 56% em dezembro e 88,2% neste mês, mostra o efeito dos temporais (foto: Fotos: Roney Garcia/EM/D.A Press)
A vista da represa de Tr�s Marias em dois momentos importantes para a acumula��o de �gua, nos n�veis de 56% em dezembro e 88,2% neste m�s, mostra o efeito dos temporais (foto: Fotos: Roney Garcia/EM/D.A Press)

Os temporais que caem sobre o Sudeste e o Nordeste desde janeiro trouxeram a boa not�cia da recupera��o do armazenamento de �gua nas usinas hidrel�tricas de grandes bacias hidrogr�ficas do pa�s. O reservat�rio da Usina Hidrel�trica de Tr�s Marias, localizada na cidade de mesmo nome da Regi�o Central de Minas Gerais, atingiu n�vel de �gua acumulada que n�o se via h� oito anos. O volume �til da represa alcan�ou 88,6%, neste m�s, melhor resultado para fevereiro desde 2012, quando estava em 89,2%. Os dados s�o do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), �rg�o respons�vel pela coordena��o e controle da opera��o das instala��es de gera��o e transmiss�o de energia el�trica no Brasil.

O n�vel atingido da capacidade de armazenamento da represa de Tr�s Marias tamb�m � o quarto melhor j� registrado durante os meses de fevereiro na s�rie hist�rica de acompanhamento dos dados hidrol�gicos dos reservat�rios das principais hidrel�tricas do pa�s. Somente em 2009, com n�vel de 93,4%; 2007, 89,7%; e 2012 (89,2%) os n�meros desse que � um dos principais reservat�rios da Bacia Hidrogr�fica do Rio S�o Francisco foram superiores ao patamar atual.

Com o aumento do volume de �gua na hidrel�trica, para evitar inunda��es, a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) abriu ontem, parcialmente, as comportas da usina. Em 24 de dezembro de 2019, o n�vel de �gua acumulado era de 56% da capacidade total de armazenamento. De acordo com a concession�ria, a abertura de comportas tem o objetivo de evitar que seja atingido o limite de armazenamento, provocando transtornos e inunda��es nas comunidades ribeirinhas do Rio S�o Francisco. A medida n�o era tomada desde janeiro de 2012.

O ONS, por sua vez, havia informado nos �ltimos dias que a previs�o de chuvas se mant�m nas bacias do S�o Francisco, Parana�ba e Grande, assim como na regi�o Norte do pa�s. Em recente reuni�o, os t�cnicos destacaram que a Bacia do S�o Francisco teve chuva acumulada acima da m�dia, em 102%.

Por meio de nota enviada ao Estado de Minas, a Ag�ncia Nacional de �guas (ANA) creditou �s chuvas o bom momento da usina de Tr�s Marias. “Duas causas fazem o armazenamento de um reservat�rio de �gua subir: chuvas e aumento das aflu�ncias (�gua que chega) nas regi�es a montante (acima) do reservat�rio. � o caso de Tr�s Marias, que teve um grande volume de chuvas nas cabeceiras do Rio S�o Francisco”, informou.
 
 
 
 
O ONS compara o in�cio do ano ao n�mero atual. Segundo o operador do sistema el�trico, “o aumento das chuvas na bacia do Rio S�o Francisco fez com que o volume do reservat�rio da usina de Tr�s Marias subisse consideravelmente desde in�cio do ano”. No dia 1º de janeiro, o n�vel do reservat�rio era de 57,2%, tendo chegado a 72,6% no �ltimo dia 3. A m�dia de volume �til ocupado da represa nos meses de fevereiro vinha ao n�vel de 59,2%.

Tarifas 

A recupera��o dos n�veis dos reservat�rios traz a expectativa do consumidor de n�o pagar acr�scimos na conta de energia, previstos no acionamento das chamadas bandeiras tarif�rias. No come�o da noite de ontem, a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) anunciou que manter� em mar�o a bandeira tarif�ria na cor verde, sem cobran�a extra. A bandeira foi a mesma aplicada em fevereiro. As cores amarela e vermelha indicam sobretaxa��o imposta ao consumidor. Quanto mais usinas t�rmicas, cuja produ��o � mais cara, s�o acionadas para atender a demanda da popula��o, mais elevado ser� o custo de produ��o de energia, ent�o, repassado aos brasileiros.

Segundo a Cemig, “a Aneel leva em considera��o todos os subsistemas para definir a bandeira que vai vigorar no pa�s”. O diretor-geral da CMU Comercializadora de Energia, Walter Fr�es afirma que o volume elevado em reservat�rios de diversas usinas pode � “atrasar” a aplica��o de bandeiras tarif�rias.

“A regula��o � complexa, e vari�veis interferem. Tr�s Marias � somente uma das usinas, e isso depende do todo. Se todas estiverem cheias, lotadas, o que n�o � verdade no momento, voc� tem quatro meses de consumo integral. Em termos de tarifa, � impacto quase zero. O que pode acontecer � postergar a aplica��o dessas bandeiras, a determina��o dessas cobran�as. N�o tem algo relacionado diretamente na tarifa”, disse ao EM.

Fr�es explica, ainda, que Tr�s Marias n�o � uma das usinas mais determinantes na quest�o energ�tica. “Hoje, Tr�s Marias tem import�ncia energ�tica muito pequena. Ela � mais importante como regula��o h�drica de Sobradinho, na Bahia. Sobradinho representa 80% da energia do Nordeste. Lembrando que Tr�s Marias tamb�m consta no subsistema Nordeste”.

Apesar do alto volume em Tr�s Marias, o n�vel m�dio do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, composto tamb�m pela usina da Regi�o Central mineira, � de 38,67% neste m�s. Em Minas Gerais, o menor volume � detectado na Usina Hidrel�trica de Emborca��o, com 24,69%, sobre o Rio Parana�ba, na cidade de Araguari, no Tri�ngulo Mineiro.
 
 
 
 
 
Promessa de gera��o  intensa nas hidrel�tricas
A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica ( Aneel ) informou, ontem, que a decis�o de manter a bandeira tarifaria na cor verde nas contas de energia se deve � recupera��o dos n�veis dos reservat�rios em virtude do volume razo�vel de chuvas em fevereiro. Segundo a ag�ncia, o volume de chuvas refletiu-se na redu��o do pre�o da energia no mercado de curto prazo (PLD) e dos custos relacionados ao risco hidrol�gico (GSF). O PLD e o GSF s�o as duas vari�veis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.

“Em fevereiro, os principais reservat�rios de hidrel�tricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentaram recupera��o de n�veis em raz�o do volume de chuvas pr�ximo ao padr�o hist�rico do m�s. A previs�o para mar�o � de manuten��o dessa condi��o hidrol�gica favor�vel, o que aponta para um cen�rio com elevada participa��o das hidrel�tricas no atendimento � demanda de energia do SIN, reduzindo a necessidade de acionamento do parque termel�trico”, informou a Aneel.

Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarif�rias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia el�trica. O funcionamento das bandeiras tarif�rias tem tr�s cores: verde, amarela e vermelha (nos patamares 1 e 2), que indicam se a energia custar� mais ou menos em fun��o das condi��es de gera��o.

“Os recursos pagos pelos consumidores v�o para uma conta espec�fica e depois s�o repassados �s distribuidoras de energia para compensar o custo extra da produ��o de energia em per�odos de seca”, destacou a Aneel. O acr�scimo cobrado na conta pelo acionamento da bandeira amarela � de R$ 1,34 a cada 100 quilowatt/hora (kWh) consumidos. J� o primeiro patamar da bandeira vermelha imp�e o valor de R$ 4,16 a cada 100 kWh e no patamar 2 da bandeira vale a quantia de R$ 6,24 por 100 kWh consumidos.

Sobretaxa

R$ 1,34 a  R$ 6,24

S�o os poss�vies extremos 
do acr�scimo na conta de luz 
a cada 100kWh consumidos 


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