Justi�a bloqueia R$ 143 milh�es de Marcelo Odebrecht

A Justi�a de S�o Paulo bloqueou R$ 143 milh�es das contas de Marcelo Odebrecht. A decis�o, em car�ter liminar, dada na ter�a-feira pelo juiz Eduardo Pellegrinelli, da 2.� Vara Empresarial de S�o Paulo, atende a pedido do pr�prio grupo Odebrecht, que ajuizou a a��o contra seu ex-presidente, sua mulher e suas filhas.

Duas semanas antes do fechamento do contrato de leni�ncia da Odebrecht e dos 77 delatores, em 2016, Marcelo exigiu, como contrapartida ao aceite do acordo de colabora��o, o recebimento dos R$ 143 milh�es. Metade foi paga � vista e a outra, depositada em plano de previd�ncia em nome da mulher e das tr�s filhas.

O contrato assinado entre Marcelo e a Odebrecht prev� arbitragem para resolu��o do conflito, mas a a��o foi proposta pelo grupo empresarial para evitar que o dinheiro desaparecesse. Na decis�o, o juiz considerou, baseado em mensagens do pr�prio Marcelo e anexadas ao processo, o risco de uma "tentativa de blindagem" dos valores por parte do seu ex-presidente.

Os dois lados est�o em guerra pelo controle do grupo. At� o fim do ano passado, Marcelo, fora do comando do grupo desde 2015 quando foi condenado pela Lava Jato, ainda recebia sal�rio e benef�cios da companhia. Mas foi demitido por justa causa a pedido do pr�prio pai, Em�lio. Marcelo havia criticado em carta os atuais executivos pela forma como o grupo, em recupera��o judicial, estava sendo conduzido e colocava-se � disposi��o da fam�lia para voltar ao comando.

A Odebrecht abriu investiga��o interna para identificar eventuais delitos cometidos por Marcelo. A investiga��o ainda n�o foi conclu�da, mas a empresa diz ter levantado elementos contra o seu ex-presidente na a��o proposta. Entre os ind�cios apontados, o juiz citou mensagens que indicariam chantagem de Marcelo contra atuais e ex-executivos do grupo. "Acabarei detonando a todos", diz uma delas. Procurado, Marcelo n�o retornou o pedido de entrevista.

Com d�vidas de R$ 98,5 bilh�es, o grupo dever� realizar, no dia 18 de mar�o, assembleia com os credores para aprova��o de seu plano de recupera��o judicial. Entre os credores, est�o Banco do Brasil, Ita�, Bradesco, Santander e BNDES.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.