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Estado de Minas ECONOMIA

Fuga de capital da bolsa � recorde


postado em 07/03/2020 08:20

O mercado acion�rio brasileiro teve um dia de p�nico no preg�o de ontem, marcado mais uma vez pelo nervosismo com o avan�o do novo coronav�rus pelo mundo e, agora, pelo Brasil. A queda do Ibovespa, somente na sexta-feira, foi de 4,14%, para 97.996,77 pontos, menor n�vel em mais de cinco meses. Na semana, a baixa foi de 5,93%. Desde a virada do ano, o �ndice desabou 15,26%, impulsionado tamb�m pela sa�da do capital externo.

At� quarta-feira, que � o dado mais recente da B3, os investidores estrangeiros j� haviam retirado da Bolsa brasileira R$ 44,798 bilh�es. O n�mero supera o saldo negativo recorde de todo o ano de 2019, que foi de R$ 44,517 bilh�es.

O desempenho fraco do Ibovespa ocorre em meio a um mau humor do estrangeiro com o mercado brasileiro. Al�m das reformas estarem estacionadas, o clima pol�tico constantemente tenso � apontado como um dos motivos para afugentar o capital externo.

Em compara��o, a perda do Ibovespa � superior ao do �ndice S&P; 500 - o mais amplo de Nova York, que recuou 8% em 2020. O �ndice MSCI para mercados emergentes, caiu 10,50% desde o in�cio do ano.

"Quando se coloca um humorista para falar pelo presidente em uma situa��o grave como a atual, parece irreal. Mas isso aconteceu, e em um momento em que - basta olhar para o c�mbio - temos sofrido mais do que outros emergentes. O investidor estrangeiro continua saindo", apontou fonte do mercado.

"O que temos agora � um momento de apreens�o, com perdas muito espalhadas. Apenas alguns setores, como o de energia el�trica, defensivo, e parte do de sa�de, como o de diagn�sticos, est�o conseguindo contribuir de alguma forma", complementou Gabriel Machado, analista da Necton.

Apenas nove a��es do Ibovespa conseguiram sustentar alta ontem, parte delas entre as mais pressionadas nas �ltimas sess�es: CVC (+14,40%), IRB (+2,50%), Gol (+1,94%) e Azul (+1,12%).

Nesse ambiente de forte avers�o, o d�lar � vista cedeu ante o real depois de 12 sess�es consecutivas de alta. Em mais um dia de interven��o do Banco Central, com US$ 2 bilh�es, o investidor encontrou no aumento das apostas de corte de juros nos EUA, j� em 0,75 ponto porcentual e que aumentaria o diferencial de juros dom�stico e externo, um espa�o para al�vio moment�neo. Vale destacar, por�m, que com a tend�ncia de o juro real dom�stico ficar perto de zero, o c�mbio deve seguir pressionado. A desvaloriza��o de 0,38% do d�lar ontem, a R$ 4,6338, n�o impediu que o real tivesse a pior semana ante a moeda americana desde o come�o de novembro do ano passado.

Exterior

O impasse em rela��o ao futuro da produ��o de petr�leo tamb�m deu sua contribui��o ontem para o mau humor no mercado internacional, o que acabou tendo reflexos no Brasil. O barril do �leo negociado em Londres cedeu 9,44%, para US$ 42,27 - foi o maior tombo em uma s� sess�o desde dezembro de 2008, auge da crise financeira mundial. Em Nova York, o tipo leve, fechou em queda de 10,06%, a US$ 41,28 o barril.

A consultoria brit�nica Wood Mackenzie destaca o risco criado pela possibilidade de que, a partir do fim de mar�o, n�o exista mais nenhum acordo da Opep e seus aliados. Este acerto tem garantido alguma estabilidade nos pre�os desde o fim de 2016. A fraqueza do petr�leo pressionou a��es do setor em Nova York. A Chevron recuou 1,92% e a ExxonMobil perdeu 4,83%. O �ndice Dow Jones fechou em baixa de 0,98%, o Nasdaq caiu 1,87%, e o S&P; 500 teve desvaloriza��o de 1,71%.

"O coronav�rus, com seu impacto nas economias e nos mercados, apresenta um risco desconhecido e sem precedentes. As previs�es econ�micas s�o cercadas por ainda mais incerteza do que o normal", destacou, em relat�rio, o banco holand�s ING. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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