
Guedes tamb�m fez cobran�as ao Congresso Nacional. "Eu gostaria que as principais lideran�as pol�ticas do Brasil reagissem tamb�m com muita velocidade, com as nossas reformas, para refor�ar a sa�de econ�mica do Brasil", declarou. "Soltamos ontem medidas, hoje vamos soltar mais, segunda vamos soltar mais. A resposta � crise est� vindo. Eu quero atender ao pedido do presidente [da C�mara dos Deputados] Rodrigo Maia, dizendo que estamos atentos. Da mesma forma que ele pediu, que disse que gostaria que houvesse alguma coisa, alguma rea��o ao coronav�rus, estamos reagindo em 48 horas."
O ministro afirmou que gostaria de saber se o Legislativo vai aprovar o marco regulat�rio do saneamento b�sico, assim como a privatiza��o da Eletrobras. "Tudo isso s�o recursos p�blicos que precisamos para retomar os investimentos. Temos uma s�rie de 16 projetos que podem acelerar o crescimento do Brasil", declarou.
Questionado sobre a possibilidade de novas libera��es do FGTS, Guedes afirmou: "Estamos examinando isso tudo."
Em outro momento da entrevista, ao ser questionado novamente sobre o tema, afirmou que o governo est� "pensando em tudo". Entretanto, n�o deu mais detalhes sobre o assunto. Em 13 horas, o Minist�rio da Economia deu vers�es desencontradas sobre a medida.
Mais cr�dito via bancos p�blicos
As declara��es de Paulo Guedes aconteceram antes de reuni�o com os presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e da Caixa Econ�mica Federal, Pedro Guimar�es.
O ministro da Economia lembrou que entraram em vigor, em mar�o, a libera��o de R$ 135 bilh�es em libera��o de dep�sitos compuls�rios (recursos que s�o mantidos no Banco Central e os bancos n�o podem utiliz�-los para fazer empr�stimos) ao mercado financeiro. A medida foi tomada pelo BC em 20 de fevereiro.
Apesar da libera��o de recursos pelo Banco Central, isso n�o significa um aumento imediato nas opera��es de cr�dito, que dependem da demanda dos tomadores e das estrat�gias dos bancos. Mas os recursos passam a ficar dispon�veis para novas concess�es de empr�stimos.
Caixa
O presidente da Caixa Econ�mica Federal, Pedro Guimar�es, afirmou que a institui��o pode aumentar a oferta de cr�dito em R$ 75 bilh�es, por meio de tr�s linhas: compra de carteira de pequenos e m�dios bancos (R$ 30 bilh�es), capital de giro ao setor imobili�rio, e a pequenas e m�dias empresas (mais R$ 40 bilh�es) e outros R$ 5 bilh�es para o cr�dito agr�cola.
"A Caixa tem amplo espa�o para emprestar. Os R$ 75 bilh�es s�o apenas 10% da nossa carteira de cr�dito e n�s faremos isso matematicamente. Estamos tranquilos e preparados", declarou Guimar�es.
Banco do Brasil
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, garantiu que a institui��o vai apoiar a sua clientela durante o per�odo de dificuldades at� que a crise do coronav�rus seja superada.
"Vamos suprir principalmente os problemas de capital de giro. Temos inclusive adotado uma atitude pr�-ativa de procurar os nossos clientes, quando verificamos que determinado setor est� com uma crise mais acentuada", afirmou. "Reconhecemos que h� uma crise muito s�ria, mas tempor�ria. Tudo deve voltar � normalidade em algum ponto do segundo semestre", avaliou Novaes.
Desonera��es
Nesta sexta-feira, Guedes voltou a afirmar que n�o h� espa�o para reduzir tributos, ou para o aumento de gastos p�blicos para estimular a economia - a n�o ser aqueles direcionados exclusivamente para a �rea de sa�de aumentar a oferta de servi�os hospitalares.
"O Brasil est� sem espa�o fiscal [para gastos ou redu��es de tributos]. Da� a nossa �nfase nas reformas", declarou Guedes.
Apesar disso, o ministro afirmou que o governo est� examinando quest�es relacionadas com tributos. "Vamos isentar do imposto de importa��o produtos m�dico hospitalares. Uma hora dessa tem de deixar entrar respiradouro, tudo o que estiver dispon�vel", declarou Guedes.
Questionado sobre a possibilidade de programa mais amplo de desonera��es, ele afirmou que isso n�o est� nos planos.
"N�o podemos aprofundar o desequil�brio fiscal. Ent�o essas desonera��es tem de ser muito pensadas. Podemos retardar um pouco recolhimentos [de tributos], por dois, tr�s meses, mas n�o pode abrir m�o dessas receitas pois incorre em crime de responsabilidade fiscal. N�o pode dar isen��es ou gastar mais sem apontar a fonte de recursos", declarou.
Sa�de
Especificamente para a �rea de sa�de, o ministro Guedes repetiu que R$ 5 bilh�es j� foram liberados e que outros R$ 5 bilh�es podem sair nos pr�ximos dias.
