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Estado de Minas ECONOMIA

Pandemia amea�a emprego na ind�stria


postado em 16/03/2020 13:27

A pandemia de coronav�rus criou incertezas sobre a continuidade no movimento de gera��o de vagas formais de trabalho na ind�stria neste in�cio de ano. Em 2019, o avan�o no emprego mais qualificado foi puxado pelo setor de alta intensidade tecnol�gica, segundo levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelo Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado.

Para Rafael Cagnin, economista-chefe da entidade, a virada de ano mais robusta para o emprego nos ramos industriais mais tecnol�gicos sinalizava uma "prepara��o de terreno" para desempenho mais forte da produ��o este ano. S� que a pandemia do novo coronav�rus, que tem alimentado forte volatilidade no mercado financeiro, valoriza��o do d�lar e interrup��es nas cadeias globais de valor, pode afetar essa previs�o.

"Essa sinaliza��o que me parecia ser uma prepara��o de terreno para um desempenho mais robusto em 2020 fica agora com um ponto de interroga��o com os efeitos do coronav�rus. Ningu�m sabe exatamente os efeitos reais", diz Cagnin.

O economista Rodolpho Tobler, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (Ibre/FGV), acredita que a pandemia de coronav�rus vai travar uma recupera��o na gera��o de vagas com registro em carteira na ind�stria, mas ele ainda n�o v� ondas de demiss�es.

"N�o imagino que as empresas v�o come�ar a demitir agora, porque � uma quest�o passageira, n�o deve deixar marcas e sequelas", afirma Tobler.

Embora tenha registrado estagna��o na produ��o no ano de 2019, a ind�stria de transforma��o brasileira apostou na contrata��o de novos trabalhadores, movimento que ganhou for�a no �ltimo trimestre do ano. A cria��o de vagas formais no setor ajudou na recupera��o ainda incipiente da qualidade do emprego no Pa�s.

Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), compilados pelo Iedi, o n�mero geral de trabalhadores da ind�stria de transforma��o cresceu 1,4%, em m�dia, em 2019, ap�s ter avan�ado 0,9% em 2018.

J� no quarto trimestre de 2019, foram criados 311 mil postos de trabalho na ind�stria de transforma��o, o que representou um aumento de 3% em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior - a terceira taxa positiva consecutiva, o que n�o ocorria desde 2017.

Se considerada s� a gera��o de vagas com carteira assinada, houve um aumento de 2,6% no emprego formal na ind�stria de transforma��o no quarto trimestre de 2019, ante o quarto trimestre de 2018. Em n�meros absolutos, isso significou 168 mil vagas a mais com carteira no per�odo, o primeiro avan�o ap�s tr�s trimestres de estabilidade ao longo do ano.

Essa melhora foi puxada, justamente, pelos ramos industriais de maior intensidade tecnol�gica. A ind�stria de alta tecnologia aumentou em 9% o total de ocupados com carteira no quarto trimestre de 2019, em rela��o a igual per�odo de 2018.

Cont�gio

A recupera��o do emprego industrial nos ramos de maior intensidade tecnol�gica poder� ser abortada porque esses s�o os segmentos da ind�stria mais afetados pela crise econ�mica decorrente da pandemia do novo coronav�rus.

A primeira forma de cont�gio se reflete no com�rcio exterior, especialmente por causa da importa��o de componentes da China, de onde o novo coronav�rus se espalhou pelo resto do mundo. E a depend�ncia de componentes chineses � maior nas fabricantes de produtos tecnol�gicos, como celulares e computadores.

Os impactos negativos v�m piorando desde o in�cio de fevereiro, conforme sondagem da Associa��o Brasileira da Ind�stria El�trica e Eletr�nica (Abinee).

Na terceira edi��o da pesquisa, divulgada na semana passada, 70% das empresas entrevistadas relataram problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos da China. Na primeira edi��o da sondagem (5 de fevereiro), o n�mero de empresas com problemas havia sido de 52% e, na segunda edi��o (20 de fevereiro), de 57%.

Diante disso, de 20 mil a 30 mil funcion�rios de empresas do ramo devem ter a rotina de trabalho alterada no curto prazo, com redu��o de jornada e f�rias coletivas, estimou o presidente da entidade, Humberto Barbato, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo no fim de fevereiro. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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