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Estado de Minas ECONOMIA

Banco Central descarta quebra de bancos no Brasil na esteira da pandemia


postado em 23/03/2020 14:48

O Banco Central descarta, neste momento, a possibilidade de quebra de bancos no Brasil como consequ�ncia da pandemia de coronav�rus. Durante entrevista coletiva na manh� desta segunda-feira, 23, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, defendeu que a crise atual � diferente da ocorrida em 2008 e 2009, quando dezenas de institui��es financeiras quebraram ou foram absorvidas por outras em todo o mundo.

"Em 2008, a incerteza era se o banco ia quebrar ou n�o. Agora, n�o falamos disso", afirmou Campos Neto na entrevista, realizada virtualmente.

O presidente do BC pontuou que, hoje, as institui��es financeiras no Brasil t�m "bastante folga" no chamado �ndice de Basileia, que mede a rela��o entre o patrim�nio de um banco e seus ativos ponderados pelo risco.

Pelas regras atuais seguidas pelo BC, cada institui��o precisa ter �ndice de Basileia m�nimo de 8%. Os dados da autarquia mostram que, na m�dia, o �ndice para o sistema financeiro estava em 17,12% em mar�o deste ano. Em mar�o de 2009 - pouco ap�s o estouro da crise financeira global - o �ndice m�dio era de 18,13%. Na �poca, por�m, a exigibilidade era maior, de 11%.

"Temos um sistema bem provisionado, com boa liquidez e capital sobrando", disse Campos Neto. "Nenhuma institui��o financeira hoje tem �ndice de Basileia abaixo ou perto do recomendado (8%). Ainda n�o precisamos socorrer nenhuma institui��o", acrescentou.

Ainda assim, o BC lan�ou hoje uma s�rie de medidas para garantir o acesso a recursos por parte das institui��es financeiras - em especial, as de menor porte. Uma das iniciativas � a possibilidade de capta��o de recursos, por parte dos bancos, de Dep�sito a Prazo com Garantia Especial do Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC).

O FGC � um fundo formado a partir de contribui��es obrigat�rias das institui��es financeiras. Seus recursos servem para cobrir eventuais perdas de clientes de bancos, em caso de quebra, mas tamb�m para socorrer institui��es financeiras.

A medida do BC permite que os bancos captem recursos com a garantia do FGC. O limite da capta��o � de R$ 20 milh�es por opera��o. O valor total a ser captado corresponde ao patrim�nio l�quido da institui��o, limitado a R$ 2,0 bilh�es por conglomercado. "� um instrumento preventivo para ajudar os pequenos e m�dios bancos", afirmou Campos Neto. "Valor m�nimo � de R$ 1 milh�o e o m�ximo, de R$ 20 milh�es. O FGC avalia aumento do valor m�ximo."

Durante toda a coletiva, Campos Neto repetiu que uma das preocupa��es do BC � manter a liquidez do sistema - ou seja, a disponibilidade de recursos para que os bancos continuem realizando opera��es com seus clientes normalmente.

"Queremos oferecer condi��es para que os bancos rolem as d�vidas dos clientes. Estamos monitorando todos os elos da cadeia de cr�dito", afirmou Campos Neto. "Percebemos que, na precifica��o da d�vida aos clientes, os bancos passaram a ficar mais preocupados com a liquidez de capital."

Al�m de elevar o volume de recursos dispon�vel para os bancos emprestarem aos clientes, o BC tamb�m afirmou que estuda forma de direcionamento de cr�dito para setores espec�ficos. Essa seria uma forma de superar eventual "empo�amento" de recursos nos bancos. "N�o h� sinal de empo�amento no sistema banc�rio neste momento", disse o diretor de Pol�tica Monet�ria do BC, Bruno Serra, que tamb�m participou da entrevista. "Vai haver liquidez para todo o sistema", afirmou.


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