
O assunto foi discutido na segunda-feira em reuni�o entre a Anac, Minist�rio da Infraestrutura, Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) e empresas que operam no mercado dom�stico - Latam, Azul e Gol.
Na manh� desta ter�a-feira, 24, a Gol j� anunciou que, entre 28 de mar�o e 3 de maio, manter� em opera��o somente a malha essencial de 50 voos di�rios, conectando todas as capitais dos estados brasileiros a partir do aeroporto internacional de S�o Paulo, em Guarulhos (GRU). O tempo limite das conex�es tamb�m ser� flexibilizado para garantir a liga��o entre capitais em at� 24 horas.
A companhia tamb�m informou que durante esse per�odo est�o suspensas as opera��es regionais e internacionais. A Gol afirmou que far� voos extras para atender eventuais demandas espec�ficas para esses tipos de voo.
O presidente da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear), Eduardo Sanovicz, afirmou em entrevista ao Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado) que os esfor�os da Anac de coordena��o da malha a�rea ajudar�o a reduzir o forte ritmo de queima de caixa enfrentado pelas companhias.
"Estamos queimando dezenas de milh�es de reais por dia. A coordena��o por parte da Anac representa um recuo organizado da demanda e queda dessa queima", disse ele, que lembrou que algumas aeronaves est�o decolando com at� 12 passageiros frente a uma capacidade de 180 lugares.
"Cada empresa est� propondo essa malha essencial. A Anac est� aprovando e fazendo alguns ajustes. O princ�pio � garantir que todas as capitais e mais um volume de cidades essenciais tenham voos", disse. As a�reas j� conseguiram permiss�o para reduzir a oferta de voos sem correr risco de perder os slots ap�s uma autoriza��o tempor�ria concedida pela Anac.
Manuten��o
Mesmo com a dissemina��o da novo coronav�rus pelo Brasil e medidas de restri��o sendo adotadas, o Minist�rio da Infraestrutura vem enfatizando a necessidade de o Pa�s n�o paralisar suas linhas de transporte. O governo j� afirmou, por exemplo, que n�o fechar� aeroportos.
Diante disso e da queda na demanda enfrentada pelas empresas, o esfor�o � para que nenhum Estados fique isolado da malha a�rea.
O ministro da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, lembrou que o Brasil conta com d�ficit na balan�a comercial no setor de sa�de e que, por isso, � importante que os entes tenham linhas a�reas dispon�veis para receber materiais como rem�dios, vacinas, insumos e equipamentos hospitalares. "Por isso a import�ncia de mantermos os aeroportos em funcionamento e linhas a�reas dispon�veis para os estados, mesmo com a demanda reduzida", disse atrav�s de nota divulgada pela Anac.
O diretor-presidente da Anac, Juliano Noman, ressaltou que em muitos pa�ses as companhias a�reas responderam a covid-19 suspendendo completamente as suas opera��es, "o que prejudica fortemente a economia e at� a sa�de da popula��o". "Trabalhamos intensamente junto �s empresas para possibilitar a manuten��o de uma rede dom�stica capaz de garantir um servi�o a�reo m�nimo no Brasil", afirmou.