As companhias a�reas brasileiras devem ter uma queda de 40% na receita em 2020 na compara��o com 2019 diante da crise no setor por causa do coronav�rus. Os n�meros foram apresentados nesta quinta-feira, 26, por Peter Cerd�, vice-presidente regional da Associa��o Internacional de Transporte A�reo (IATA, na sigla em ingl�s) para as Am�ricas. Em termos monet�rios, as a�reas do Pa�s devem perder US$ 7,7 bilh�es em receita no ano.
"Com as restri��es, temos algumas a�reas que pararam tudo", disse ele, durante teleconfer�ncia com jornalistas. "Temos visto uma repercuss�o financeira grande, porque as empresas ainda precisam pagar contas e sal�rios. Liquidez agora est� se tornando um desafio", afirmou.
O cen�rio de crise tamb�m se aplica � Argentina, onde a estimativa da Iata � de que as a�reas tenham uma queda de 48% na receita em 2020 na compara��o com 2019 (ou corte de US$ 2,4 bilh�es). Para o Chile, a estimativa � de queda de 40%, ou US$ 1,8 bilh�o.
Empregos
Segundo proje��o da Iata, aproximadamente 62 mil empregos diretos no setor no Brasil est�o em risco por causa da crise. Indiretamente, um total de 223 mil postos de trabalho estariam em xeque em todo o territ�rio nacional.
O cen�rio para o M�xico � ainda pior. A estimativa da Iata � de que 97 mil postos de trabalho est�o em risco, al�m de 437 mil vagas indiretas.
"Muitas dessas companhias a�reas t�m liquidez para os pr�ximos dois ou tr�s meses. Pouqu�ssimas t�m liquidez suficiente para passar pelo fim do ver�o. O cen�rio para a Am�rica Latina � bastante cr�tico".
Ele destacou ainda que a crise da covid-19 tem se mostrado mais grave e duradoura do que as outras pandemias. "Por isso pedimos que o governo suporte as companhias agora."
Cerd� relembrou ainda os dados divulgados na quarta-feira pela Iata que projetaram que a avia��o comercial global dever� perder US$ 252 bilh�es de receita em 2020. O n�mero representa uma alta de mais de 120% ante a estimativa anterior, de US$ 113 bilh�es.
Carga
Os membros da Iata foram questionados sobre os dados espec�ficos para o setor de carga. Cerd� destacou que a associa��o ainda n�o tem n�meros que apontam o reflexo no segmento. "Demanda de carga � muito grande. Como a grande maioria das cargas � transportada na barriga do avi�o e grande maioria das aeronaves est� no ch�o, a demanda por carga � grande", comentou.
Algumas empresas estariam ocupando at� a parte da aeronave que transporta passageiros com carga. "No curto prazo isso ajuda um pouco, mas no longo prazo a opera��o cargueira n�o vai suprir a aus�ncia de opera��o de passageiros", disse.
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