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Estado de Minas ECONOMIA

'Ningu�m tem certeza. Quem diz ter, � um jogador'


postado em 27/03/2020 12:01

Um dos maiores empres�rios do Pa�s, Rubens Ometto Silveira Mello, fundador do grupo Cosan, diz que h� muitas incertezas e ningu�m tem uma f�rmula para sair da crise provocada pelo coronav�rus. "Qualquer coisa que se fale, � chute." Dono de ferrovias, postos de combust�veis e distribuidora de g�s, o grupo pode ter projetos revisados, afirma Ometto, com exce��o da Rumo, ferrovia importante para manter ativo o agroneg�cio.

Segundo ele, � preciso combater a doen�a e manter os empregos. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Como o sr. est� vendo o impacto do coronav�rus e o ru�do entre parte dos governadores e Bras�lia?

� muito dif�cil falar. Ningu�m sabe direito. Qualquer coisa que voc� fale, � chute. Voc� tem uma vontade grande de todos para que a economia volte e as engrenagens comecem rodar. E, do outro lado, um programa m�dico de combate ao v�rus que pode provocar estragos profundos. D� para entender essas duas posi��es porque o desastre na economia ser� muito grande.

Mas n�o falta um l�der para conduzir este processo?

N�o vou entrar nisso. Existem pontos de vistas diferentes. Os dois querem o bem do Pa�s, cada um a seu jeito. Dif�cil falar quem est� certo ou errado.

O governador Jo�o Doria reafirmou o seu apoio ap�s a Cosan informar que vai manter os empregos.

Estamos engajados nesta ideia de n�o haver dispensa. A crise vai passar.

Qual deveria ser a estrat�gia para combater o coronav�rus no Brasil?

Dif�cil falar se n�o tem todos os n�meros. Acho que s� injetar dinheiro na economia n�o resolve. Porque se o pessoal n�o vai trabalhar e fica em casa, a economia n�o roda. � uma equa��o dif�cil. O pessoal est� indo por tentativas para saber o que vai melhor. Um plano Marshall ajudaria as pessoas a n�o ficar sem empregos. Mas a equa��o � dif�cil. N�o d� para ficar nervoso. Tem de ter serenidade.

Como empres�rio, o que deveria ser feito?

Essa pergunta vale um bilh�o de d�lares. N�o tem todos os dados. Tem de combater a doen�a e preservar o emprego. O governo n�o vai aguentar a subsidiar isso o tempo todo.

O sr. defende um meio-termo?

Tem de ir administrando. Precisa dar um tempo ver para onde vai. H� neg�cios muito afetados: bares fechados, shoppings; demanda por combust�vel caiu 50%. Como vai ser isto? Como fazer isso? N�o sei. Se ficar muito tempo, onde isso vai parar? Vamos ver como ficam as coisas at� o dia 7 de abril.

Como tem sido suas conversas com as principais lideran�as empresariais?

Ningu�m tem certeza. Quem diz ter certeza, � um jogador. O que preocupa � que as engrenagens da economia n�o parem demais. Sen�o, se resolve de um lado e mata do outro. Planos e estrat�gias t�m de ser revistas. Estava tudo t�o bem, organizadinho.

O sr. v� impactos na economia?

Sim. A tend�ncia dos empres�rios � trabalhar para que se resolva logo. A verdade � que n�o tem o que falar. � chute. Temos de esperar um pouco.

Os planos de investimentos do grupo Cosan para este ano ser�o revistos?

Vamos rever os planos de investimentos. Temos de ver o que vai acontecer. Os projetos da Rumo s�o irrevers�veis para manter o agroneg�cio. Para outros projetos, temos de ver o que vai acontecer.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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