O reajuste de tarifas em at� 1.300% para transporte de cargas pelas companhias a�reas Latam e Gol acarretou a suspens�o da entrega de exemplares f�sicos de Estad�o, Folha e O Globo em v�rias cidades pelo Pa�s. A alta de pre�os e o corte de 92% dos voos inviabilizam a distribui��o tanto em termos de custos quanto de previs�o de entrega, afirma o gerente de log�stica do Grupo Estado, Eliomar Ant�nio Limeira.
O problema come�ou no in�cio da semana passada. A primeira a reajustar os pre�os foi a Latam, o que fez as companhias buscarem voos da Gol, segundo Limeira. Dois dias depois, essa companhia tamb�m reajustou os pre�os. Bens ligados � informa��o e � cultura, como jornais, revistas e livros, pagavam a chamada tarifa "001", a mais barata do mercado. Com a crise do coronav�rus, os jornais passaram a ter de pagar o pre�o "pr�ximo embarque", que � a mais cara do setor.
A alta nos pre�os superou a marca de 1.000% em v�rios destinos, de acordo com o executivo. No caso de Porto Alegre, o pre�o de envio dos exemplares distribu�dos na capital ga�cha passou de R$ 75 para R$ 1.099 - uma disparada de 1.365%. Em outras capitais, com menor fluxo de voos, simplesmente os trechos di�rios deixaram de existir, o que inviabilizou totalmente a distribui��o.
"As empresas disseram que tudo deve se normalizar em dois meses, mas n�o temos este tempo", diz Limeira. "Por enquanto, estamos recomendando aos nossos clientes que acessem a vers�o digital do jornal."
Para amenizar o problema e garantir a distribui��o, a SPDL, parceria entre Estad�o e Folha na �rea de distribui��o, definiu o atendimento de algumas cidades por meio de uma complexa distribui��o rodovi�ria - caso de Porto Alegre e Bras�lia, segundo o executivo do Grupo Estado. As capitais mais pr�ximas de S�o Paulo, como Rio de Janeiro e Curitiba, j� eram atendidas por modal rodovi�rio, que segue operando normalmente.
Em nota, a Latam ponderou que a crise do coronav�rus � "sem precedente". A empresa disse ter adotado medidas de ajuste visando � sustentabilidade de seu neg�cio. A Gol afirmou que, com o corte de mais de 90% de voos, est� mantido apenas o atendimento essencial, tanto no transporte de passageiros quanto no de cargas.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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