Perda de moedas emergentes foi mais r�pida que em crise de 2008, diz Unctad

As moedas emergentes se desvalorizaram entre 5% e 25% no in�cio deste ano, a um ritmo mais acelerado do que o registrado durante o come�o da crise financeira global de 2008, de acordo com a Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Com�rcio e Desenvolvimento (Unctad). Em relat�rio divulgado nesta segunda-feira, 30, a entidade explica que o real, o rublo russo e o peso mexicano est�o entre as divisas que mais perderam valor frente � moeda americana no per�odo.

De acordo com a an�lise, que exclui a China, os emergentes registram fuga de capital de US$ 59 bilh�es em fevereiro e mar�o, em meio � pandemia de coronav�rus. O valor, segundo os c�lculos, � mais que o dobro que a sa�da de US$ 26,7 bilh�es verificada durante o in�cio da crise de 2008.

"O impacto econ�mico do choque � cont�nuo e cada vez mais dif�cil de se prever, mas h� claras indica��es de que as coisas v�o ficar muito pior para as economias em desenvolvimento antes de melhorarem", alerta o secret�rio-geral da Unctad, Mukhisa Kituyi.

A estimativa do �rg�o ligado � Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) � de que esses pa�ses devem ter d�ficit financeiro de at� US$ 3 trilh�es nos pr�ximos dois anos.

Para fazer frente a isso, a Confer�ncia sugere um pacote de US$ 2,5 trilh�es, incluindo US$ 1 trilh�o em inje��o direta com ajuda do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e outro US$ 1 trilh�o em al�vio de d�vida. Os US$ 500 bilh�es restantes viriam em assist�ncias aos sistemas de sa�de.

"Se os l�deres do G-20 estiverem certos do comprometimento por uma resposta global no esp�rito da solidariedade, deve haver uma a��o proporcional para as seis bilh�es de pessoas que vivem fora das economias do grupo", avalia o diretor de Estrat�gias de Globaliza��o e Desenvolvimento da Unctad, Richard Kozul-Wright.