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Estado de Minas CORONAV�RUS

Em meio � pandemia, colheita de caf� em Minas come�a em um m�s

Preocupa��o � manter higieniza��o dos trabalhadores onde h� processo manual, caso seja prorrogada a quarentena da COVID-19


postado em 01/04/2020 13:51 / atualizado em 01/04/2020 16:39

Mesmo com as intempéries provocadas pela crise da pandemia mundial do coronavírus, o setor de cafeicultura continua produzindo, vendendo e exportando bem no estado(foto: Patrick Grosner/Acervo Secult MG)
Mesmo com as intemp�ries provocadas pela crise da pandemia mundial do coronav�rus, o setor de cafeicultura continua produzindo, vendendo e exportando bem no estado (foto: Patrick Grosner/Acervo Secult MG)
 
Os primeiros gr�os de caf� da safra mineira 2019 devem come�ar a ser colhidos em aproximadamente um m�s. Os trabalhos t�m in�cio em abril na Zona da Mata, que antecipa a colheita devido �s condi��es clim�ticas favor�veis ao gr�o, e mais para o final de maio nas demais regi�es como Sul e �reas de cerrado. Mesmo em situa��o adversa com a queda mundial nos pre�os, houve certa recupera��o. “O pre�o encontra-se em condi��es suport�veis e o ano passado correu bem em termos de clima”, admite Niwton Castro Moraes, assessor especial da cafeicultura da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento.

Esse � um per�odo em que a planta conclui o enchimento dos gr�os, ganhando mais densidade, e entra no processo de matura��o. A preocupa��o de parte do setor, “pequena”, segundo Niwton, � que a quarentena do coronav�rus se prolongue por mais tempo, podendo interferir no deslocamento de m�o de obra na colheita: “As regi�es mais acidentadas, como na Zona da Mata ou Sul, o caf� � praticamente todo colhido manualmente. As informa��es que estamos recebendo das autoridades sanit�rias sinalizam a possibilidade de afrouxamento das medidas restritivas nos pr�ximos dias, mas, caso n�o ocorra, poderemos enfrentar alguns problemas, como a restri��o de transporte coletivo nas estradas e fechamentos das fronteiras entre munic�pios, j� que a m�o de obra � sazonal e se desloca entre regi�es”, reconhece. Situa��o contr�ria das planta��es no cerrado, que � praticamente toda mecanizada.

Entretanto, ele acredita que a situa��o esteja mais flex�vel at� l�, mas, caso sejam prolongadas as medidas restritivas, Niwton diz que a sugest�o � que o produtor atrase um pouco a colheita. “O caf� n�o � produto altamente perec�vel e pode aguardar uns dias a mais sem preju�zo na qualidade e, se permanecer a situa��o, que as medidas de prote��o contra a COVID-19 devem ser obedecidas, garantindo o transporte dos trabalhadores rurais e de sua sa�de”, defende.

Jos� Marcos Rafael Magalh�es, presidente da Cooperativa Minas Sul, a segunda maior do estado est� otimista. Ele assegura que, mesmo com as intemp�ries provocadas pela crise da pandemia mundial, o setor continua produzindo, vendendo e exportando bem.

“O momento requer equil�brio. Todo cuidado com a vida humana � importante, mas tamb�m protegeremos o alimento que mant�m o sustento de nossas fam�lias e a comunidade em geral. Em face da pandemia do coronav�rus, vamos manter as atividades de maneira segura, utilizando todas as ferramentas que temos. Para 2020, enxergamos um ano desafiador, mas temos metas agressivas e vemos boas oportunidades nas �reas de exporta��o, diversifica��o de clientes e produtos”, assegura o presidente.

Magalh�es acredita que nem mesmo as exporta��es ser�o afetadas e cita o fato de, mesmo diante da crise que se avizinhava, j� ter encomenda para o pr�ximo m�s para o porto de Trieste, na It�lia, pa�s at� o momento mais atingido pela COVID-19.

“Apesar dos desafios de 2019 e da crise do pre�o de caf�, foi um ano recorde para a Minas Sul. O resultado da nossa estrat�gia de levar caf� de qualidade do Sul de Minas para o mundo surpreendeu e mostrou que estamos no caminho correto. Vamos focar em diversifica��o, tecnologia e buscar mais o mercado externo em 2020. Tamb�m vamos come�ar a exportar soja nesse ano. O mercado externo � nossa grande meta”, afirma.

O total de caf� em estoque na virada do ano foi o menor dos �ltimos 10 anos, de R$ 166,3 milh�es, o equivalente a 415.579 sacas de 60 quilos. No exerc�cio anterior, o total de safras em estoque era de 600.021. “A safra foi menor do que o esperado no ano passado, mas, mais do que isso, houve uma demanda crescente, e isso � muito positivo, mostra que ainda h� muito espa�o para o nosso caf� crescer”, pondera.

A segunda maior cooperativa de caf� do Brasil apresentou em 2019 um crescimento de 29% no faturamento l�quido, aumento de 70% nas exporta��es, 13% no n�mero de cooperados ativos e um ganho de 42% no lucro l�quido, encerrando o ano com receita l�quida de R$ 1,44 bilh�o e lucro de R$ 20 bilh�es.

Jos� Magalh�es disse que em 2020 a cooperativa focar� atua��o na capta��o de cooperados e continuar� desenvolvendo novos processos tecnol�gicos com parceiros. “Ampliaremos a estrat�gia de liquidez na comercializa��o do caf� do cooperado atrav�s do mercado futuro com sua exporta��o, tentar incrementar sua competitividade nos pre�os dos insumos, conquistar novos produtores e mudar para um novo complexo operacional”, projeta.


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