
Divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo instituto, o estudo projeta tr�s cen�rios, alterando a ades�o de benefici�rios n�o inscritos no Cadastro �nico do Governo Federal. Segundo o Ipea, apenas cerca de 80% dos potenciais benefici�rios do aux�lio constam no cadastro, e os outros 11 milh�es precisar�o ser localizados e inclu�dos no programa.
O projeto de lei aprovado no Senado e na C�mara prev� um aux�lio emergencial de R$ 600, por tr�s meses, a trabalhadores informais, aut�nomos e sem renda fixa em fam�lias de baixa renda. As m�es chefes de fam�lia poder�o receber duas cotas do aux�lio, ou seja, R$ 1.200,00. Para as fam�lias inscritas no Bolsa Fam�lia, o aux�lio substituir� o benef�cio regular do programa nas situa��es em que for mais vantajoso. O Ipea calcula que 30% dos potenciais benefici�rios est�o no Bolsa Fam�lia.
O pior cen�rio tra�ado pelos pesquisadores considera que nenhum dos benefici�rios que n�o constam no Cadastro �nico seriam localizados. Nesse caso, o aux�lio emergencial beneficiaria direta ou indiretamente 27,6 milh�es de fam�lias, que somariam 93,6 milh�es de pessoas. Concretizar o aux�lio, nesse caso, requereria um investimento total de R$ 80,1 bilh�es.
O cen�rio intermedi�rio projeta que metade das pessoas n�o cadastradas seriam localizadas, o que elevaria o total de fam�lias beneficiadas direta ou indiretamente para 32,5 milh�es, somando 107,2 milh�es de pessoas. Nesse cen�rio, o aux�lio custaria R$ 90,1 bilh�es.
O cen�rio otimista considera que todos os potenciais benefici�rios receberiam o aux�lio, elevando o n�mero de fam�lias contempladas para 36,4 milh�es. Essas fam�lias somariam 117,5 milh�es de pessoas, o que equivaleria a 55% da popula��o brasileira. Para tal, o investimento necess�rio chegaria a R$ 99,6 bilh�es.
Coordenador de Estudos e Pesquisas de Gest�o de Informa��es e de Estudos sobre Pobreza e Desigualdade Social (COIPD) do Ipea, Pedro Herculano Ferreira de Souza ressalta que nenhum benef�cio consegue chegar a 100% de seus potenciais benefici�rios. Apesar disso, ele destaca que o governo precisa buscar o maior alcance poss�vel para o aux�lio. “Isso � mais importante agora do que minimizar o erro de inclus�o, isto �, a inclus�o indevida de pessoas”, avalia o pesquisador.
Para o coordenador de Estudos e Pesquisa em Seguridade Social (COSES) do Ipea, Luiz Henrique Paiva, expandir a prote��o social da popula��o mais vulner�vel � "a maneira mais r�pida para mitigar os impactos econ�micos e sociais da pandemia".