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Estado de Minas ECONOMIA

Demora nas medidas far� PIB recuar mais


postado em 05/04/2020 07:30

Ap�s ser reprovado pela demora para anunciar medidas econ�micas que amenizem a crise decorrente da pandemia da covid-19, o governo de Jair Bolsonaro passou a ser criticado tamb�m pela lentid�o para coloc�-las em pr�tica. O ritmo de implementa��o das medidas deve resultar num PIB ainda mais baixo neste ano, em maior tens�o social e numa deteriora��o mais acentuada da situa��o fiscal do Pa�s, segundo analistas.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que, de 39 medidas econ�micas divulgadas at� agora, apenas um ter�o j� saiu do papel. A maior parte delas (36%) est� atrasada e 31%, em andamento.

Na �ltima semana, por exemplo, diante de um impasse jur�dico, o presidente Bolsonaro demorou 48 horas para sancionar o aux�lio emergencial para trabalhadores informais. Agora, ainda h� entraves para fazer com que esse dinheiro chegue a grande parte da popula��o. Na �rea monet�ria, tamb�m h� dificuldades para que o cr�dito alcance os empres�rios.

"As medidas que sa�ram at� agora est�o na dire��o correta. O problema � a entrega. N�o � de agora que o governo tem sido lento. Olha o que aconteceu nas privatiza��es. Nesse ritmo, acho razo�vel pensar que, antes do fim de abril, n�o vai ter nada significativo em pr�tica", diz o economista Jos� Roberto Mendon�a de Barros, da consultoria MB Associados.

A maior preocupa��o dos economistas � com o aux�lio emergencial de R$ 600 aos informais, tido como uma das medidas mais importantes neste momento. Na sexta-feira, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que entre 15 milh�es e 20 milh�es de pessoas que t�m direito ao aux�lio n�o est�o em nenhum cadastro usado pelo governo. A ideia � que essas pessoas se cadastrem por meio de um aplicativo, de um telefonema ou de um site na internet que ainda est� em desenvolvimento.

"O governo precisa de criatividade e agilidade, porque n�o d� para as pessoas ficarem passando fome. E essas duas caracter�sticas n�o s�o naturais da nossa burocracia", diz a economista Ana Carla Abr�o, s�cia da consultoria Oliver Wyman. "As pessoas t�m de receber esse dinheiro a tempo inclusive de se evitar uma convuls�o social. N�o estamos falando de efici�ncia, mas de vida ou de morte", acrescenta.

Mendon�a de Barros destaca que, quanto mais demorar para esse aux�lio chegar ao trabalhador, maior ser� a retra��o da economia neste ano. "H� um colapso na demanda, o aux�lio emergencial compensa parte disso. A demora para o aux�lio sair amplia a retra��o do PIB, sem falar no custo social. As pessoas est�o passando necessidade." A MB Associados projeta, por enquanto, uma queda de 2,1% no PIB deste ano, com vi�s negativo.

O economista acha ainda pouco prov�vel que empresas tenham coragem de reduzir sal�rios e jornadas de trabalhadores enquanto a medida provis�ria (MP) que permite isso n�o seja aprovada pelos parlamentares, o que pode resultar em mais demiss�es nesse per�odo cr�tico. "Essa MP demorou muito e, agora, ningu�m vai se sentir seguro para fazer algo sem passar pelo Congresso", diz. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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