
A ideia partiu do empres�rio Daniel Castanho, presidente do Conselho de Administra��o da �nima Educa��o, grupo controlador das universidades Una e UniBH em Minas Gerais. Castanho conta que escreveu um manifesto inicial na semana passada, e decidiu ligar para CEOs de diversas empresas de grande porte. “Em 24 horas, mais de 20 assinaram. Ent�o, eu pensei: 'n�o � mais um manifesto, � um movimento'”, afirma o empres�rio. Para ele, � um compromisso e um esfor�o de conscientiza��o para convencer donos das empresas a preservarem os colaboradores diretos e indiretos neste momento de incertezas.
Al�m de evitar demiss�es, Castanho conta que a proposta � reunir no site da iniciativa uma s�rie de informa��es sobre linhas de cr�dito e a��es governamentais para auxiliar especialmente as micro e pequenas empresas. A p�gina tamb�m vai reunir orienta��es para ajudar as companhias a fazer a transi��o para o meio digital. “A gente quer que seja um portal onde se possa buscar refer�ncias para ajudar neste momento”, diz. De acordo com ele, mais de 2 mil companhias de tamanhos diferentes j� se cadastraram, al�m das 40 originais.
Outra iniciativa do “N�o Demita” � conscientizar os empres�rios sobre a import�ncia de preservar toda a cadeia de produ��o, e n�o apenas uma empresa. Ou seja, al�m de se esfor�ar para n�o demitir ningu�m diretamente, os empres�rios pretendem n�o pressionar seus fornecedores a ponto de que eles precisem demitir. “Isso seria uma maneira indireta de demitir. Precisamos respeitar e valorizar as pessoas que ajudam a construir nossas empresas, seja direta ou indiretamente”, afirma Daniel Castanho.
O empres�rio espera que o movimento mostre como todos os agentes econ�micos do Brasil fazem parte de um �nico ecossistema, e que � preciso uni�o para passar por este momento. Por�m, Castanho acredita que � melhor n�o falar em objetivos concretos no longo prazo, j� que o coronav�rus imp�e circunst�ncias que mudam rapidamente. “Tem uma avenida, uma gama de oportunidades para realizarmos com este projeto”, conclui.
No manifesto, as empresas escrevem que a crise “tem data para acabar” e fazem um apelo aos empres�rios para repensar a decis�o de demitir. “Desligar gera um custo imediato, muitas vezes maior que dois meses de sal�rios, e h� linhas de cr�dito e outras solu��es que est�o sendo criadas todos os dias para ajudar as empresas a atravessar a tempestade”, afirma o texto. O manifesto defende que manter os quadros de funcion�rios ajuda “a evitar ou minimizar um poss�vel colapso econ�mico e social”.