
Enquanto previnem a propaga��o do novo coronav�rus, as m�scaras sanit�rias t�m se mostrado eficazes na conten��o de uma outra epidemia, que amea�a milhares de artes�os e costureiros de Minas: a ru�na.
Em Belo Horizonte, as feiras livres, especialmente a da Afonso Pena, que s�o o principal meio de escoamento dos produtos artesanais, est�o fechadas por for�a de decreto municipal no esfor�o contra a COVID-19, com forte impacto no segmento.
A janela para a sobreviv�ncia parece ter se aberto na quinta-feira (2), quando o Minist�rio da Sa�de passou a incentivar a produ��o de m�scaras caseiras – desde que a confec��o obede�a a especifica��es simples, explicitadas no site do �rg�o – e a recomendar seu uso a todos que tiverem que sair de casa.
De volta � m�quina de costura
� o caso da artes� Beatriz Bentzeen, dona do ateli� Bia Bentzeen. No local, que fica em Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a microempreendedora costumava produzir bolsas, roupas e guardanapos e outros artigos de decora��o. Ela diz que, ap�s o decreto de Kalil, chegou a fechar sua oficina e a dispensar a costureira com quem tinha uma parceria. A ideia de produzir m�scaras j� passava pela cabe�a da artista, mas ela conta que temia que o produto n�o fosse eficaz na conten��o da COVID-19.
“Quando vi divulga��o do manual de fabrica��o do Minist�rio da Sa�de, al�m da campanha de incentivo � produ��o caseira, pareceu que essa medida tinha sido feita para mim. Tenho um estoque imenso de algod�o, pois gosto muito de trabalhar com esse tecido. No dia seguinte ao an�ncio, reabri o ateli�. Meus filhos, que moram em Bras�lia e tiveram seus neg�cios parados por causa da pandemia, vieram para c� trabalhar comigo. A procura tem sido imensa. Mal temos tempo de parar para almo�ar”, relata a artes�.
Segundo Beatriz, o com�rcio da mercadoria j� extrapola os limites do estado. Em quatro dias, foram produzidas cerca de 500 m�scaras, vendidas para clientes do Rio de Janeiro, Bras�lia e Salvador, conta. Cada unidade � vendida a R$ 18. “Estou trabalhando como nunca trabalhei. Chamei a costureira que trabalhava comigo de volta e acionei mais uma. Se as coisas continuarem como est�o, meus ganhos com as m�scaras v�o superar os da venda dos outros produtos”, projeta.
Cat�logo renovado
