O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro deve encolher 4,6% este ano, em consequ�ncia da pandemia do novo coronav�rus e da redu��o na cota��o do petr�leo, previu a Federa��o das Ind�strias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Se a proje��o for confirmada, a queda ser� a mais aguda da s�rie hist�rica do levantamento da entidade, iniciada em 2002.
Os impactos da covid-19 ser�o mais sentidos pela ind�stria fluminense, que ter� retra��o de 5,3% em 2020 ante 2019. A entidade espera perdas nas ind�strias de transforma��o (-5,2%), constru��o (-5,1%) e extrativa mineral (-6,1%). J� o setor de servi�os deve encolher 4,3%, enquanto a agropecu�ria pode ter redu��o de 1,0%.
As proje��es consideraram um cen�rio de lockdown com dura��o de tr�s meses. Segundo a entidade, o cen�rio de isolamento social e restri��o de funcionamento a atividades n�o essenciais � agravado pela nova crise do petr�leo.
A Firjan estima que a arrecada��o de ICMS do Estado recue 21% este ano, o que significaria R$ 11 bilh�es a menos em rela��o ao previsto na Lei Or�ament�ria Anual (LOA). As receitas provenientes de royalties podem ter uma redu��o de R$ 3,2 bilh�es ante o estimado na LOA.
"O d�ficit no or�amento do Estado pode chegar a R$ 27,4 bilh�es, mais de 1/3 da receita total estimada para 2020. O Rio, assim como os demais Estados, ter� dificuldade de se recuperar sem aportes financeiros do governo federal, correndo o risco de ter uma crise ainda mais severa do que a de 2018", alertou o gerente de Estudos Econ�micos da Firjan, Jonathas Goulart, em nota.
Segundo a federa��o, as perdas ser�o mais intensas no segundo trimestre de 2020, seguidas por recupera��o bastante lenta. "Voltar � normalidade n�o ser� apenas uma quest�o das empresas religarem suas m�quinas; o que temos observado � que muitas n�o est�o conseguindo sobreviver � crise", completou Goulart, na nota da Firjan.
A entidade cobrou ainda que o governo federal atue "de maneira mais forte, intensa e, sobretudo, r�pida" para auxiliar os Estados a atravessarem os efeitos econ�micos da crise, uma vez que est�o impossibilitados de contrair d�vidas e reduzir gastos.
"Os n�meros mostram que n�o � mais uma quest�o de saber se os Estados v�o ficar ingovern�veis, mas quando. � preciso atacar este problema imediatamente, para que n�o tenhamos a economia brasileira se transformando em uma areia movedi�a, de onde todos tentam sair, mas, na pr�tica, ningu�m consegue", declarou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouv�a Vieira, em nota.
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ECONOMIA
PIB do RJ recuar� 4,6% em 2020 com pandemia e baixa do petr�leo, diz Firjan
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