
A pandemia do novo coronav�rus tem deixado um passivo preocupante para a administra��o do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos. Nas �ltimas cinco semanas, o pa�s registrou 22 milh�es de pessoas sem emprego, representando 13,5% da for�a de trabalho. Segundo o The New York Times, trata-se do mesmo n�mero de empregos criados ap�s a crise financeira de 2008.
A economia da China se contraiu pela primeira vez desde pelo menos 1992 no primeiro trimestre, quando a pandemia do coronav�rus fechou f�bricas e manteve milh�es confinados em seus lares.
O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 6,8% no primeiro trimestre em rela��o a igual per�odo de 2019, comparado com um crescimento de 6,0% no quarto trimestre de 2019, informou nesta sexta-feira (pelo hor�rio local) o Escrit�rio Nacional de Estat�sticas (NBS) chin�s.
O resultado veio melhor do que a mediana das proje��es coletadas pelo Wall Street Journal junto a economistas, de contra��o de 8,3%.
PIB reduzido
Foi a primeira vez que a economia chinesa teve uma contra��o em um primeiro trimestre desde 1992, que foi quando o governo come�ou a divulgar n�meros trimestrais.
Na margem, em rela��o ao trimestre anterior, a economia ficou 9,8% menor no per�odo entre janeiro e mar�o de 2020.
O Departamento de Com�rcio apontou uma queda mensal nas vendas do varejo n�o vista nos �ltimos 30 anos, acrescentando que o decl�nio da produ��o industrial s� � comparada ao per�odo ap�s a Segunda Guerra Mundial. "N�o h� para onde fugir. Esta � a recess�o mais r�pida, profunda e ampla que j� vimos", disse Diane Swonk, economista-chefe da consultoria financeira Grant Thornton, em Chicago, � publica��o.
Rea��o
Trump anunciaria na quinta-feira, 16, novas diretrizes para reativar a economia do pa�s ap�s isolamento de um m�s em rea��o � pandemia, apesar dos temores de especialistas de sa�de, governadores e l�deres empresariais sobre uma ressurg�ncia de casos sem mais exames e protocolos em vigor.
As medidas para conter a pandemia levaram a economia do pa�s a n�veis que n�o eram vistos desde a Grande Depress�o, em 1929, j� que um recorde de mais de 20 milh�es de americanos solicitaram aux�lio-desemprego. S� na semana passada foram 5,2 milh�es, o que elevou o �ndice de desemprego dos EUA a 8,2%. Os n�meros de desemprego pressionam ainda mais Trump, que apostou sua reelei��o em novembro na for�a da economia americana.
Na quarta-feira, ele disse que dados levavam a crer que os casos novos da covid-19 atingiram o pico e que l�deres industriais que participaram de uma rodada de telefonemas lhe ofereceram boas perspectivas para reativar a economia com seguran�a.
Mas o chefe de um grande sindicato alertou o presidente a n�o reabrir a menos que a seguran�a dos trabalhadores possa ser garantida, e executivos-chefes de algumas das maiores empresas do pa�s disseram a Trump que mais exames s�o necess�rios para garantir a seguran�a, de acordo com diversas reportagens da m�dia.
"Estamos em uma boa situa��o, e posso lhes garantir que a diretriz a ser apresentada hoje (quinta-feira) est� alinhada com o que os especialistas est�o dizendo, est� alinhada com o que os dados est�o mostrando e � um plano para recolocar a economia nos eixos", disse na quinta-feira a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, � rede Fox News.
Mercado
Na expectativa pela retomada das atividades no pa�s, as Bolsas ganharam for�a no fim dos neg�cios, depois de operar com volatilidade durante o preg�o. O �ndice Dow Jones fechou em alta de 0,56%; o S&P 500, 0,14%; e a bolsa eletr�nica Nasdaq, avan�ou de 1,66%.
V�rios dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano)) se pronunciaram durante o dia, em geral mostrando cautela com o quadro atual, mas tamb�m expectativa de melhora adiante.
Os juros dos Treasuries n�o tra�aram dire��o �nica e o d�lar voltou a se fortalecer, no que para alguns analistas � uma mostra das d�vidas sobre a recupera��o. Entre as commodities, o petr�leo WTI fechou est�vel e o Brent subiu modestamente, com os contratos mantendo o n�vel bastante fraco atual, diante da forte queda na demanda referendada mais cedo em relat�rio da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep).
Europa
Ap�s as not�cias vindas tamb�m da Europa sobre preparativos para uma estrat�gia de retomada econ�mica em Alemanha, It�lia e Espanha, entre outras na��es, o presidente americano tem procurado passar uma mensagem otimista.
A ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's previu na quinta que o Produto Interno Bruto (PIB) americano recuar� 5,3% neste ano, projetando um recuo anualizado "hist�rico" de quase 35% no segundo trimestre e dizendo esperar que a reabertura "ao menos parcial" ocorra no terceiro trimestre.
O BBH comenta em relat�rio que n�o h� uma pol�tica nacional uniforme para restri��es nos EUA, com governadores e autoridades locais tendo um papel para definir a severidade das medidas de distanciamento f�sico. O governo Trump tem aventado 1º de maio como uma data poss�vel, "mas nada est� confirmado", diz o banco, lembrando tamb�m a diverg�ncia entre Trump e alguns governadores sobre o tema.
A IHS Markit, por sua vez, acredita que na Am�rica Latina existe "alto risco" de compras por p�nico degenerarem em saques, dizendo que pode haver alguns confrontos entre as for�as de seguran�a e moradores que se recusam a seguir as diretrizes para conter a dissemina��o da doen�a. O Rabobank afirma que "claramente, quarentenas destroem a economia", mas aponta para alguns fatores a se considerar, como o de que a volta ao normal n�o vir� de uma vez e que, se esse processo n�o for feito corretamente, haver� uma nova onda de infectados.
Entre os dirigentes do Fed, Raphael Bostic (Atlanta) disse que, enquanto as pessoas tiverem medo de pegar a doen�a, a economia n�o voltar� ao normal. John Williams (Nova York), por sua vez, comentou que os estresses nos mercados financeiros n�o devem terminar at� que a pandemia "esteja superada", enquanto Patrick Harker (Filad�lfia) previu que a retomada n�o ser� repentina e disse que a pol�tica monet�ria deve continuar acomodat�cia "por bastante tempo".( Com Estad�o Conte�do)
