(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Bolsa resiste a queda do petr�leo e fecha est�vel (-0,02%), a 78.972,76 pontos


postado em 20/04/2020 18:05

No dia em que o contrato do petr�leo WTI de maio, com vencimento na ter�a, 21, foi negociado abaixo de zero, o Ibovespa mostrou not�vel resili�ncia em sess�o de vencimento de op��es sobre a��es. Assim, o principal �ndice da B3 neutralizou as perdas do dia, fechando praticamente est�vel (-0,02%), a 78.972,76 pontos, longe da m�nima deste preg�o espremido entre o fim de semana e o feriado nacional de Tiradentes. Em sess�o pr�-feriado brasileiro, os investidores costumam mostrar grau ainda maior de cautela, visto que os mercados do exterior estar�o abertos amanh�.

O volume financeiro totalizou R$ 35,1 bilh�es na sess�o, com o Ibovespa tendo oscilado entre m�nima de 76.942,89 e m�xima de 80.105,99 pontos. Em abril, o �ndice passou a acumular ganho de 8,15%, mas ainda cede 31,71% no ano. Na sess�o, apesar do derretimento dos contratos da refer�ncia americana de petr�leo, os pap�is da Petrobras tiveram desempenho melhor do que o de outras blue chips, como Vale e bancos. No fechamento, Petrobras ON e PN mostravam baixa, respectivamente, de 0,90% e 1,12%, enquanto Vale cedia 3,50% e Ita� Unibanco, 2,50%. Na ponta negativa do Ibovespa, Gerdau Metal�rgica caiu 3,70%, Embraer, 3,66%, e Gerdau PN, tamb�m 3,66%. No lado oposto, Cyrela subiu 8,85%, seguida por Magazine Luiza (+8,72%) e Localiza (+6,15%).

"Apesar de todo estresse na esfera pol�tica e a derrocada do petr�leo, o Ibovespa recuou muito menos do que o mercado internacional, em vista da forte queda dos juros futuros, movimento que favoreceu em especial o setor de consumo e varejo", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, chamando aten��o para o "tom muito dovish" do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em teleconfer�ncia pela manh�, na qual "refor�ou o compromisso da autoridade monet�ria em oferecer fluxo de cr�dito, que � a principal preocupa��o do mercado neste momento."

Com participa��o perto de 10% na composi��o da carteira te�rica do Ibovespa, as a��es da Petrobras s�o correlacionadas ao Brent, a refer�ncia global que hoje, no vencimento para junho, fechou em baixa de 8,94%, ou US$ 2,51, a US$ 25,57 por barril. A queda livre do contrato para maio do WTI, a refer�ncia americana, assim como forte deprecia��o do contrato para junho, refletiu o "esgotamento de uma estrat�gia do presidente Donald Trump de comprar e estocar o petr�leo dispon�vel para dar alguma sustenta��o aos pre�os", observa Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, em atua��o que se imp�s aos EUA desde que a Ar�bia Saudita anunciou, no in�cio de mar�o, descontos e aumento da oferta quando a demanda global j� estava colocada em d�vida pela pandemia do novo coronav�rus.

Mesmo que neste m�s tenha se chegado a acordo na Opep+ quanto ao n�vel de oferta, o estrago j� estava feito, diz Arbetman, na medida em que a demanda americana segue enfraquecida pelo "lockdown" - a suspens�o de atividades n�o essenciais em grande parte do pa�s. Enquanto a reabertura da economia americana segue como um plano de inten��es distribu�do por tr�s fases, a perspectiva de recupera��o da refer�ncia americana de petr�leo permanece incerta. Hoje, o principal assessor econ�mico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que a inten��o do governo � iniciar a reabertura em 1� de maio, se as condi��es m�dico-sanit�rias assim permitirem.

Al�m do vencimento de op��es sobre a��es nesta segunda-feira, que contribuiu para que tanto a ON como a PN de Petrobras mostrassem resili�ncia na sess�o, o fato de a receita da petrol�fera brasileira ter mais exposi��o ao consumo dom�stico do que � demanda externa tamb�m ajuda a entender o comportamento, no mesmo dia em que a empresa anunciou novo corte de pre�os nas refinarias este ano. "Na Petrobras, 70% da receita vem do mercado dom�stico e 30% do externo, dos quais dois ter�os correspondem � demanda da China, que h� duas semanas voltou a comprar, com a reabertura de sua economia depois do coronav�rus, embora ainda n�o nos mesmos n�veis de antes", aponta Arbetman, acrescentando que a recupera��o da economia chinesa parece se desenhar em forma de V.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)