
Menos de um m�s de restri��es ao funcionamento de empresas e � circula��o de pessoas foram suficientes para derrubar o �ndice de Confian�a do Empres�rio da Ind�stria da Constru��o de Minas Gerais (ICEICON-MG), conforme pesquisa realizada pelo Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Apesar de o setor n�o ter sido penalizado como outros pela pandemia de COVID-19, o levantamento, realizado entre os dias 1º e 14 de abril, mostra que o n�mero caiu 21 pontos desde o �ltimo levantamento, em mar�o, quando era de 55,1 pontos, e chegando a 34,1 pontos em abril.
� a maior retra��o de toda a s�rie hist�rica, iniciada em fevereiro de 2010, voltando a mostrar a falta de confian�a dos construtores mineiros, ao ficar abaixo da linha dos 50 pontos. Na compara��o com abril de 2019 (50,8 pontos), o �ndice decresceu 16,7 pontos e retornou aos patamares verificados no per�odo da recess�o da economia brasileira entre 2015 e 2016, quando tamb�m houve queda expressiva.
O ICEICON nacional tamb�m registrou queda, de 24,5 pontos, entre mar�o (59,3 pontos) e abril (34,8 pontos), e apontou falta de confian�a dos construtores em todo o Brasil.
O ICEICON-MG � resultado da pondera��o dos �ndices de condi��es atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos apontam percep��o de melhora na situa��o atual e expectativa positiva para os pr�ximos seis meses, respectivamente.
O componente de condi��es atuais recuou 17,7 pontos em abril (34,1 pontos), ante mar�o (51,8 pontos). O resultado mostrou que os empres�rios da constru��o civil perceberam piora nas condi��es das economias brasileira e mineira, e das suas empresas. O �ndice ficou 8,6 pontos abaixo do apurado em abril de 2019 (42,7 pontos).
J� o componente de expectativas para os pr�ximos seis meses caiu 22,7 pontos em abril (34,1 pontos), frente a mar�o (56,8 pontos). Ao ficar muito abaixo da linha dos 50 pontos, o indicador apontou dr�stica reavalia��o das perspectivas dos construtores, que mostraram pessimismo quanto �s economias do pa�s e do estado e �s suas empresas. O resultado foi 20,7 pontos inferior ao observado em abril de 2019 (54,8 pontos).
Rea��o
Para a economista Ieda Vasconcelos, a COVID-19 tem reflexo direto no sentimento do empresariado. “O ICEICON � composto por dois fatores: as condi��es gerais de neg�cio no momento e a expectativa. Agora � uma rea��o instant�nea em um momento de pandemia, em que h� muita incerteza, ning�m sabe quando a doen�a ser� vencida. Ent�o, foi a primeira rea��o do empresariado”, explica ela, que � assessora econ�mica do Sinduscon-MG.
Considerando tudo muito incerto ainda, a economista acredita que qualquer mudan�a depender� muito de como ser� a rea��o ao novo coronav�rus. “O setor come�ou o ano com expectativa muito positiva, esperando crescimento de 3% em 2020, que seria o maior dos �ltimos sete anos. T�nhamos v�rios fatores baseando isso, como infla��o sob controle, juros baixos, reforma da previd�ncia aprovada e expectativa das reformas tribut�ria e administrativa. Ent�o, era uma conjun��o de fatores que dava para uma perspectiva boa. Mas veio um fato inesperado n�o s� para o Brasil, mas para mercado mundial”, argumenta.
