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Estado de Minas CORONAV�RUS

Cultura, esporte e educa��o s�o setores mais prejudicados pela pandemia, diz estudo

Levantamento compara a quilometragem de frotas de transporte antes e durante a quarentena para conter o v�rus. Agropecu�ria, sa�de e comunica��o foram os menos afetados


postado em 23/04/2020 18:41 / atualizado em 24/04/2020 15:08

De acordo com o levantamento, o transporte relacionado ao setor de artes, cultura, esportes (foto) e recreação caiu 86% com as medidas de restrição(foto: Divulgação/CBV )
De acordo com o levantamento, o transporte relacionado ao setor de artes, cultura, esportes (foto) e recrea��o caiu 86% com as medidas de restri��o (foto: Divulga��o/CBV )
A cultura, o esporte e a educa��o foram os setores mais impactados pelas restri��es de circula��o impostas para frear a transmiss�o do coronav�rus no Brasil. Enquanto isso, a agropecu�ria, a sa�de e a comunica��o foram os segmentos menos prejudicados. Essa � uma das conclus�es de um levantamento que comparou os quil�metros rodados por frotas de transporte entre dois per�odos: antes da quarentena – entre 9 e 22 de mar�o – e durante– de 23 de mar�o a 5 de abril.

 

No total, o transporte em todo o pa�s caiu 29%, saindo de 9,81 milh�es de km rodados para 6,97 milh�es. A pesquisa foi elaborada pela startup Cobli, especializada em log�stica e mobilidade, que tem uma base de dados com 1.500 pequenas e m�dias empresas cadastradas. 

De acordo com o levantamento, o transporte relacionado ao setor de artes, cultura, esportes e recrea��o caiu 86% com as medidas de restri��o, o maior �ndice entre as �reas pesquisadas. O segundo mais prejudicado � o de educa��o, que sofreu uma queda de 63% entre os dois per�odos.
 
Por outro lado, a quilometragem da frota do grupo da agropecu�ria e pesca foi a �nica que aumentou, em 2%. J� o �ndice de sa�de humana e servi�os sociais caiu 9%, enquanto o de informa��o e comunica��o sofreu uma queda de 13%
 
Setores que foram paralisados mais rápido, como esportes e educação, foram os que sofreram a maior queda em transporte. (foto: Reprodução/Cobli)
Setores que foram paralisados mais r�pido, como esportes e educa��o, foram os que sofreram a maior queda em transporte. (foto: Reprodu��o/Cobli)

 
O diretor executivo da Cobli, Rodrigo Mourad, afirma que as atividades dos setores mais prejudicados s�o as mais afetadas pelo isolamento social aplicado para combater o coronav�rus. “Foram as coisas que a sociedade cortou mais r�pido”, afirma. Mourad argumenta que, no caso dos esportes, n�o h� necessidade de transportar os atletas, j� que os campeonatos est�o parados. O mesmo vale para a educa��o: sem aulas ou com o ensino a dist�ncia, alunos e professores n�o precisam se deslocar. 
Mourad atribui a estabilidade do transporte agropecu�rio, em parte, ao alto consumo no in�cio da crise, quando muitas pessoas se preocuparam em estocar alimentos. J� o tamanho dos setores de sa�de e comunica��o explica os efeitos menores que pandemia teve no transporte dessas �reas.
 
“A sa�de � um setor muito amplo. O atendimento cresceu, outras �reas est�o funcionando de maneira semelhante, mas outras ca�ram, como o home care”, afirma o empres�rio. Na avalia��o de Mourad, a somat�ria de resultados variados tamb�m vale para a comunica��o. 

De acordo com a pesquisa, o transporte dos servi�os de alojamento e alimenta��o caiu 37%. J� a quilometragem da frota que atende os servi�os de distribui��o de �gua, esgoto e gest�o de res�duos foi reduzida em 20%. Rodrigo Mourad diz que esses resultados n�o s�o motivo para se preocupar com um poss�vel quadro de desabastecimento.
 
No caso do saneamento, ele aponta que a preocupa��o � com a falta de manuten��o da infraestrutura. “Pode impactar significativamente os custos na cadeia de produ��o e condi��es de vida da popula��o, al�m de dificultar o retorno ao equil�brio”, analisa o diretor executivo. 

O respons�vel pela pesquisa afirma que as quedas no transporte indicam de maneira mais precisa o impacto da pandemia em alguns setores do que outros. “Na alimenta��o a gente consegue perceber o impacto no curto prazo. A retomada tamb�m deve ser mais r�pida”.
 
Por outro lado, com o desemprego aumentando e as empresas endividadas, o efeito � mais de longo prazo em outros setores, como o automotivo. “Acaba gerando posterga��o de compras. Alguns setores v�o sofrer por mais tempo”, explica Rodrigo Mourad. 

O levantamento tamb�m aponta o impacto do coronav�rus no transporte que atende 63 subcategorias de servi�os e produtos. As ag�ncias de viagem s�o um dos mais afetados, com redu��o de 87%. J� a quilometragem das frotas para a constru��o de edif�cios caiu 48%.
 
A pesquisa tamb�m inclui os dados das ag�ncias de publicidade, com queda de 28%, manuten��o de ve�culos, com retra��o de 27% e do varejo de vestu�rio, que tamb�m caiu 27%. Os n�meros completos da pesquisa podem ser acessados aqui.
 

Redu��o do transporte por estado  


Por fim, o levantamento analisa a redu��o da quilometragem por estado. De acordo com a pesquisa, o movimento em Minas Gerais caiu 21%, abaixo da m�dia nacional, de 29%. O estado � o 17º mais afetado, entre os 25 que foram analisados. Enquanto isso, S�o Paulo registrou retra��o de 26% e o Rio de Janeiro de 31%. 
 
Minas Gerais é o 17º estado entre 25 com maior redução no transporte com isolamento social. (foto: Reprodução/Cobli)
Minas Gerais � o 17� estado entre 25 com maior redu��o no transporte com isolamento social. (foto: Reprodu��o/Cobli)

Rodrigo Mourad afirma que os n�meros estaduais variam de acordo com o n�vel de isolamento social que cada um aplicou e as atividades industriais que se destacam localmente. “A matriz econ�mica de Minas, mesmo com ind�strias afetadas, tem base de setores que continuam funcionando, como o agroneg�cio. Al�m disso, as redu��es no interior foram mais lentas, por haver menos casos da doen�a”, analisa o executivo. 

O estado mais impactado foi o Mato Grosso do Sul (-55%), seguido pelo Tocantins (-53%). Na contram�o da tend�ncia nacional, o Par� registrou alta de 9%. Segundo Mourad, as ind�strias de base do estado, como de min�rio e g�s, contribu�ram para o aumento no transporte. O Esp�rito Santo foi o menos afetado negativamente, com redu��o de 7%. 
 
*Estagi�rio sob supervis�o 


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