(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

'Atacarejo � resistente em cen�rio de crise'


28/04/2020 07:04

O Assa�, a bandeira do atacarejo do Grupo P�o de A��car, viu sua venda crescer em meio � pandemia da covid-19, com os consumidores lotando as lojas para fazer estoques logo que foi decretado o isolamento social. Segundo Belmiro Gomes, presidente executivo do Assa� Atacadista, a pandemia respondeu por dois pontos porcentuais das vendas do primeiro trimestre, que fecharam com um avan�o de 24% em rela��o ao ano anterior.

Enquanto empresas demitiram, reduziram sal�rios por causa da pandemia, o Assa� contratou cerca de 3 mil tempor�rios para cobrir os que foram afastados e dar conta do maior movimento. "Como a nossa proposta � pre�o baixo, o atacarejo (supermercado que mistura atacado com varejo) � resistente e mais f�cil de se ajustar em cen�rios de austeridade", diz Gomes.

Qual foi o impacto da pandemia nas vendas do Assa�?

J� v�nhamos tendo crescimento forte. No ano passado, abrimos 22 lojas, que foi um recorde, e tivemos mais de R$ 30 bilh�es de vendas brutas. Essas novas lojas j� davam uma indica��o de que no primeiro trimestre o crescimento seria da ordem de 25%. Em janeiro e fevereiro, o crescimento acumulado foi de 22%. Em mar�o, em uma semana registramos um fluxo muito grande de consumidores nas lojas, fazendo compras de abastecimento. Por conta da pandemia, tivemos um efeito de mais dois pontos porcentuais no crescimento. Ent�o, fechamos o primeiro trimestre pr�ximos de 24% de crescimento. Isso significou aproximadamente a conquista de 8,5 milh�es de novos clientes por m�s em rela��o ao ano anterior.

Qual foi impacto da paralisa��o das atividades dos clientes do food service que compram no atacarejo, como pasteleiros, donos de pequenos restaurantes?

Atendemos de 15 milh�es a 16 milh�es de clientes por m�s. A maior parte � pessoa f�sica, mas tamb�m tem muito cliente pessoa jur�dica, um setor que foi muito afetado pelo isolamento. A venda para o food service nesse per�odo de pandemia caiu mais de 70%.

Quanto o consumidor pessoa f�sica representa desses 16 milh�es de clientes?

Em n�mero de opera��es, ele representa 80%. Mas em termos de venda, porque o valor m�dio � menor, ele representava em torno de 50% a 55%. Mas na primeira semana da segunda quinzena de mar�o houve um movimento fort�ssimo do consumidor e a maioria das lojas duplicou a venda. Com isso, o consumidor pessoa f�sica chegou a representar a 70% da venda. Agora, em abril, houve uma normaliza��o, porque a popula��o j� est� abastecida.

Como est�o as vendas para os transformadores de food service, como pequenos restaurantes, pizzarias, por exemplo?

Os transformadores para n�s s�o muito importantes. Muitos estabelecimentos est�o fechados e, enquanto estiverem fechados, n�o v�o retomar as compras no atacarejo. Muitos passaram a operar ou j� tinham delivery. Uma das coisas que fizemos como a��o foi reduzir o pre�o em mais de 20% em todas as embalagens para o food service. � a caixa de pizza, o sach�, o guardanapo, embalagens pl�sticas, caixa para o motoboy. Estamos fazendo uma a��o para que a pequena e a microempresa tenham um pouco mais de f�lego.

A pandemia vai mudar os planos de expans�o da empresa para este ano?

A previs�o para este ano � abrir 20 lojas, dessas, 17 v�o ter a abertura adiada. Neste momento, tenho 16 lojas em obras. Assim como toda atividade, a constru��o civil tamb�m est� paralisada. Ent�o, algumas inaugura��es que deveriam ocorrer no fim do primeiro semestre e in�cio do segundo ser�o postergadas. Mas a meta do ano est� mantida.

Quanto est� sendo investido nas 20 lojas?

Mais de R$ 1 bilh�o. Neste momento, n�o h� inten��o de rever o plano de expans�o, muito pelo contr�rio. No cen�rio atual, esse modelo de neg�cio sai extremamente fortalecido. O atacarejo � resistente e mais f�cil de se ajustar em cen�rios de austeridade. Quando h� crise, h� uma busca maior por pre�o mais baixo.

Ent�o, o atacarejo � um segmento que est� blindado?

N�o chega a ser totalmente blindado, mas � o �ltimo mercado a ser afetado. Como a nossa proposta � pre�o baixo, num cen�rio de menor poder de compra, somos uma op��o vi�vel para muitas pessoas. Mas antes da crise j� era um modelo que vinha em crescimento. Em 2008, o Assa� faturava R$ 1 bilh�o. No ano passado, fechamos o ano com R$ 30,4 bilh�es. Este ano vamos ultrapassar R$ 35 bilh�es.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)