Com crise, juro do rotativo do cart�o sobe 3,8 pp em mar�o (326,4%/ano), diz BC

Com as fam�lias em dificuldades para fechar as contas, em meio � retra��o da atividade e ao desemprego provocados pela pandemia do novo coronav�rus, o juro m�dio total cobrado pelos bancos no rotativo do cart�o de cr�dito subiu 3,8 pontos porcentuais de fevereiro para mar�o, informou nesta ter�a-feira o Banco Central. A taxa passou de 322,6% para 326,4% ao ano.

Os dados apresentados nesta manh� pelo BC j� s�o influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da popula��o, reduzindo a atividade das empresas e elevando o desemprego. Em meio � car�ncia de recursos, as fam�lias aumentaram a demanda por cr�dito nos bancos. O rotativo do cart�o, juntamente com o cheque especial, � uma modalidade de cr�dito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

O juro do rotativo j� � uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 291,8% para 296,1% ao ano de fevereiro para mar�o. Neste caso, s�o consideradas as opera��es com cart�o rotativo em que houve o pagamento m�nimo da fatura.

J� a taxa de juros da modalidade rotativo n�o regular passou de 342,4% para 345,2% ao ano. O rotativo n�o regular inclui as opera��es nas quais o pagamento m�nimo da fatura n�o foi realizado.

No caso do parcelado, ainda dentro de cart�o de cr�dito, o juro passou de 186,4% para 186,5% ao ano.

Considerando o juro total do cart�o de cr�dito, que leva em conta opera��es do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 71,0% para 75,2%.

Em abril de 2017, come�ou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, ap�s um m�s, a d�vida do rotativo do cart�o de cr�dito para o parcelado, a juros mais baixos. A inten��o do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cart�o de cr�dito recuasse, j� que o risco de inadimpl�ncia, em tese, cai com a migra��o para o parcelado.

Atualmente, por�m, o risco de inadimpl�ncia aumentou, justamente porque muitas fam�lias est�o enfrentando redu��o de renda, na esteira da pandemia.