Abimaq: Exporta��es do setor ca�ram 8,9% em mar�o ante fevereiro, cedendo 17,4%

As exporta��es do setor de m�quinas e equipamentos recuaram 8,9% em mar�o comparativamente a fevereiro, m�s em que haviam registrado forte recupera��o. Na compara��o com mar�o do ano passado, as vendas ao exterior cederam 17,4%. Na contagem do primeiro trimestre, as exporta��es do setor ca�ram 11,1% na compara��o com �ltimo trimestre do ano passado. Com este resultado, o setor passou acumular queda de 12,6% sobre o mesmo trimestre de 2019 e de 11,1% em rela��o ao trimestre anterior. As informa��es foram divulgadas nesta ter�a-feira, 28, pela Abimaq, entidade que re�ne as empresas do setor.

"Ainda que o c�mbio desvalorizado tenha colaborado na melhora das receitas, o setor est� bem aqu�m do potencial hist�rico de vendas ao exterior, de US$ 900 milh�es", observaram os economistas da Abimaq.

O com�rcio internacional que, segundo a Abimaq, vinha se ressentindo do impacto da desacelera��o das principais economias mundiais j� em 2019, foi agora fortemente impactado pela pandemia da covid-19, que interrompeu cadeias de fornecimento, reduziu renda e demanda por bens e servi�os.

Em mar�o de 2020, a queda das exporta��es foi observada de forma intensa em todos os setores fabricantes de m�quinas e equipamentos. No ano at� mar�o, quando comparado com o mesmo trimestre de 2019, diversos setores acumulam crescimento. M�quinas agr�colas cresceram 12,8%, Componentes para a ind�stria de bens de capital avan�aram 6,2% e M�quinas para infraestrutura e ind�stria de base cresceram 3,1%.

Mas os que acumulam queda nas vendas externas, est�o em maior n�mero. Entre eles est�o os fabricantes de m�quinas para log�stica e constru��o civil (-35%), m�quinas para a ind�stria de transforma��o (24%), m�quinas para bens de consumo (19%) e m�quinas para petr�leo e energia renov�vel (13%).

Quando analisado os principais destinos das vendas de m�quinas e equipamentos nacionais, durante o primeiro trimestre de 2020, nota-se a forte retra��o das vendas para os Estados Unidos (29,9%) e nos pa�ses da Am�rica Latina (11,5%).

Na Am�rica Latina, houve uma relativa melhora nas vendas para a Argentina (11,5%) neste in�cio de ano, mas n�o o suficiente para anular a queda observada nos demais pa�ses da regi�o. As vendas na Europa que vinham registrando crescimento importante, principalmente na exporta��o de bens relacionados � ind�stria de �leo e g�s e de infraestrutura, recuaram no m�s de mar�o 44% e agora acumulam crescimento de apenas 4,2%.

IMPORTA��ES

As importa��es do setor de m�quinas e equipamentos brasileiro recuaram 9,3% em mar�o ante fevereiro e cresceram 82% sobre mar�o do ano passado. No primeiro trimestre as importa��es cresceram 34,7% ante o quarto trimestre do ano passado e subiram 73,3% ante o primeiro trimestre de 2019.

Apesar da queda das importa��es em volume em mar�o, na compara��o do primeiro trimestre de 2020 com o mesmo per�odo em 2019 elas cresceram 82% chegando a US$ 2,2 bilh�es.

"No trimestre houve crescimento de 34,7% em rela��o ao �ltimo trimestre de 2019 e 73,3% na compara��o interanual. O aumento das importa��es nos �ltimos dois meses foi relacionado � internaliza��o de bens para o setor de �leo e g�s", observam os economistas da Abimaq.

Tratam-se de tubos, v�lvulas e outros dispositivos para canaliza��o, que juntos representam quase metade do total de m�quinas importadas neste per�odo, o equivalente a US$ 880 milh�es.

Na an�lise setorial fica claro o direcionamento dos bens importados neste primeiro trimestre do ano. O destaque foi para a entrada de m�quinas para petr�leo, que cresceu quase 4.000% no m�s de mar�o e 1.400% no ano. No ano houve ainda forte crescimento na importa��o de equipamentos pesados direcionados para a infraestrutura que expandiu 250%. O aumento observado em componentes, de 83% no ano, tamb�m tem rela��o com o setor de �leo e g�s.

Estas oscila��es nas importa��es, explica o Departamento Econ�mico da Abimaq, alteraram consideravelmente a posi��o dos pa�ses no ranking dos principais mercados fornecedores de m�quinas e equipamentos ao Brasil. Voltaram a ocupar lugar de destaque os Estados Unidos. A China, anteriormente destaque, passou a representar 14% das importa��es contra 23% no ano de 2019. Suas entregas provavelmente sofreram impactos negativos das severas restri��es impostas pelo seu Governo em raz�o da epidemia do coronav�rus no primeiro trimestre deste ano.