Em meio � pandemia de covid-19, a queda de 17,12% nos pre�os da ind�stria extrativa na porta da f�brica em mar�o foi a maior defla��o j� registrada na s�rie hist�rica do �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP), iniciada em janeiro de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Apesar da queda, o IPP de mar�o registrou alta de 1,32%.
Segundo o IBGE, a defla��o na ind�stria extrativa foi puxada pelos dois principais produtos da atividade, "�leos brutos de petr�leo" e "min�rios de ferro e seus concentrados, em bruto ou beneficiados, exceto pelotizados ou sinterizados", que respondem, somados, por 78,22% da composi��o do IPP das ind�strias extrativas. Por causa da pandemia, as cota��es do petr�leo atingiram as m�nimas em 20 anos.
A ind�stria da transforma��o, por sua vez, registrou infla��o de 2,28% em mar�o ante fevereiro no IPP. Mesmo assim, a queda nas cota��es internacionais de petr�leo, que derrubou o IPP das ind�strias extrativas, atingiu o IPP da atividade de "refino de petr�leo e produtos de �lcool", com defla��o de 9,79% em mar�o ante fevereiro, a taxa negativa mais intensa da s�rie.
"O comportamento do mercado internacional de petr�leo e as incertezas que a pandemia (de covid-19) tem gerado na economia - inclusive com menor movimenta��o de ve�culos - d�o a t�nica do comportamento descrito", diz a nota divulgada pelo IBGE.
Dessa forma, a alta de 2,28% no IPP da ind�stria de transforma��o foi puxada pela ind�stria de alimentos. Em mar�o, os pre�os do setor na porta da f�brica avan�aram 6,16% em rela��o a fevereiro, maior resultado da s�rie, iniciada em janeiro de 2014, informou o IBGE.
"Entre os produtos destacados, tr�s s�o comuns tanto aos de varia��o mais intensa quanto os de maior influ�ncia: "carnes de bovinos frescas ou refrigeradas", "res�duos da extra��o de soja" e "leite esterilizado / UHT / Longa Vida". A influ�ncia dos tr�s produtos somada � de "a��car cristal", o quarto produto destacado, � de 4,03 p.p., em 6,16%", diz a nota do IBGE.
Tamb�m avan�aram os pre�os na porta da f�brica das ind�strias qu�mica, metal�rgica e automotiva. Na qu�mica, o IPP de mar�o apresentou alta de 5,49%, maior varia��o positiva de pre�os desde o in�cio da pesquisa.
"Os resultados observados no m�s est�o ligados aos pre�os internacionais, com aumento do pre�o de mat�rias-primas em grande parte devido � deprecia��o do real frente ao d�lar de 12,5% e � redu��o da oferta", diz o IBGE.
Na metalurgia, houve uma alta de 5,75%, maior varia��o de pre�os dessa atividade desde o in�cio da s�rie. "O resultado do m�s foi obtido gra�as, principalmente, a quatro produtos, sendo dois do grupo de materiais ferrosos e dois de n�o ferrosos. S�o eles: lingotes, blocos, tarugos ou placas de a�os ao carbono, ouro para usos n�o monet�rios, �xido de alum�nio (alumina calcinada) e ferroni�bio, todos com influ�ncia positiva", diz o IBGE.
Na ind�stria de ve�culos automotores, a alta de mar�o foi de 1,05%, "seguindo a tend�ncia de alta observada tamb�m nos seis meses anteriores", segundo o IBGE. "Al�m de ser um dos setores de maior peso no c�lculo do indicador geral, com uma contribui��o de 8,40%, a atividade de ve�culos automotores tamb�m se destacou, dentre todos os setores pesquisados, por apresentar a quarta maior influ�ncia no indicador acumulado em 12 meses (0,45 p.p., em 6,45%)", diz a nota do IBGE.
ECONOMIA