
De acordo com a entidade industrial, o acerto “ir� impactar 180 mil trabalhadores, de 4 mil empresas, em 150 cidades mineiras”. Assim, d� estabilidade a um setor que � dos maiores empregadores no estado, inclusive pensando na retomada das atividades p�s-paralisa��o para tentar conter a expans�o do novo coronav�rus.
“Fiquei muito feliz com a assinatura deste acordo, que envolve v�rias centrais sindicais. Vamos na dire��o da manuten�o dos empregos, da produ��o de quando a pandemia passar. Tem vantagens para trabalhadores e empregadores. Somos uma coisa s�. O momento tanto laboral quanto patronal � de preserva��o da vida e dos empregos”, argumentou o presidente da Fiemg, Fl�vio Roscoe, para quem “a pandemia mudou completamente as negocia��es”.
Participaram da solenidade e representantes das categorias, inclusive das tr�s maiores centrais sindicais do Brasil, a Central �nica dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a For�a Sindical. “Nosso objetivo era estender o m�ximo poss�vel a garantia de emprego dos trabalhadores. Mesmo com a suspens�o de contrato de trabalho e redu��o de jornada, o objetivo era perder o m�nimo poss�vel da renda. E ainda temos como objetivo manter a integridade f�sica dos trabalhadores, com condi��es m�nimas exigidas pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS)”, afirmou Marco Ant�nio de Jesus, da Federa��o Estadual dos Metal�rgicos (FEM), ligada � CUT.
Ambas as partes enalteceram a import�ncia de prevalecer o entendimento em hora t�o dram�tica para todos os brasileiros. “Minas est� dando exemplo de uni�o no combate, preven�o e prepara��o para atacar a pandemia. O acordo traz seguran�a jur�dica importante, inclusive n�o fazendo com as empresas tenham surpresas l� na frente, com valores ocultos a serem honrados”, afirmou F�bio Alexandre Sacioto , diretor financeiro da Fiemg e empres�rio do setor de auto-pe�as. “O principal � a preserva��o da vida. O trabalhador ter a garantia da renda, ainda que reduzida, neste momento, � muito importante. Vejo um amadurecimento grande das rela��es (entre patr�es e empregados”, declarou Marcelino da Rocha, presidente da Federa��o Interestadual de Metal�rgicos e Metal�rgicas do Brasil.
Apoio governamental
O presidente da Fiemg fez quest�o de destacar que a��es do governo federeal foram fundamentais para que o acordo assinado nesta quinta-feira fosse poss�vel. Entre elas a edi��o da medida provis�ria 936 (MP 936), que permite a suspens�o de contratos de trabalho e tamb�m a redu��o de sal�rios e jornadas, desde que acompanhandas de contrapartidas por parte dos empres�rios.
“O governo federal criou condi��es para preservar emprego, a empresa e a capacidade do nosso pa�s de reagir � crise. Nos EUA, foram demitidos no primeiro m�s de pandemia 26 milh�es de pessoas. Aqui, n�o, pois as entidades patronais trabalharam desde o primeiro momento em manter os funcion�rios. Claro que n�o d� para manter 100%, mas preservamos bem”, disse Roscoe, para quem, em muitos casos, seria melhor financeiramente para os empres�rios simplesmente demitir.
“Muitos, pensando nos funcion�rios e na fam�lia dos funcion�rios optaram por manter empregos. Mas isso s� � poss�vel com a nova legisla��o. Sem dinheiro, ningu�m consegue cumprir lei alguma.”